SOULMATE | Namjin - Volume 2

Capítulo 17 - Parte 3

Quando Namjoon e Seokjin se retiraram, o silêncio caiu sobre a casa. As luzes estavam suavemente atenuadas, lançando sombras longas e suaves nas paredes. O casal mais velho ainda estava sentado à mesa, envolvidos em uma conversa sussurrada, mas com um brilho de divertimento nos olhos.

Park Ha-jun olhou ao redor, assegurando-se de que ninguém mais estava por perto, antes de deslizar a mão pelas costas de seu ômega, subindo até a nuca, onde começou a acariciar os cabelos macios de seu companheiro. Ele sabia que, apesar das palavras afiadas de antes, havia um entendimento silencioso entre eles. Um jogo de poder e submissão que ambos conheciam bem.

— Você sabe que não vai conseguir me provocar sem consequências, certo? – murmurou o alfa, com a voz carregada de um tom ameaçador que enviou um arrepio pela espinha de seu ômega

Ji-hoon ergueu os olhos, encontrando o olhar penetrante de seu alfa. Havia um desafio ali, uma chama que acendia sempre que eles testavam os limites um do outro.

— Consequências? – ele repetiu, com um sorriso que não alcançou seus olhos, mas que carregava toda a ousadia que ele sentia — Eu sempre fui bom em lidar com elas

Park deixou escapar um riso baixo, enquanto seus dedos ainda deslizavam pelas mechas sedosas do cabelo de seu ômega. Ele se inclinou mais perto, até que seus lábios estavam a centímetros da orelha do Kim.

— Vamos ver se você continua tão corajoso quando estivermos a sós no nosso quarto – ele murmurou, rouco de desejo

Antes que Ji-hoon pudesse responder, um som alto ecoou do jardim. O casal ficou em alerta e ambos lançaram um olhar na direção das árvores e ao notarem um gato passando correndo o ômega suspirou aliviado.

— Você sempre tem um jeito de me convencer a fazer o que você quer, não é? – o alfa perguntou, com a mão ainda acariciando os cabelos de Ji-hoon

O ômega apenas sorriu, inclinando-se para frente para depositar um beijo suave no canto dos lábios de seu alfa.

— Eu só sei o que é melhor para nossos filhotes, dormir longe do seu alfa é um pesadelo. Sabemos bem disso, ou se esqueceu da nossa adolescência? – ele respondeu, com a voz doce e cheia de carinho

O alfa assentiu e os dois permaneceram abraçados por um momento. Aquela intimidade envolveu o casal como um cobertor quente em uma noite fria. Então, sem dizer mais nada, levantaram-se juntos e caminharam até o quarto, com as mãos entrelaçadas. A porta se fechou atrás deles com um clique suave, deixando a casa em um silêncio absoluto.

[...]

Mais cedo, no quarto de Jimin e Jungkook, o ambiente estava repleto de risadas e brincadeiras. A aura leve contrastava com o cansaço da viagem, mas isso não impediu que os dois se entregassem ao momento. Eles haviam sido os primeiros a entrar na casa, ansiosos por uma pausa merecida. Assim que Jimin empurrou a porta do quarto, a decoração vibrante e colorida saltou aos olhos de Jungkook. O alfa ficou imóvel por um segundo, absorvendo o que via. O quarto era uma explosão de cores, com pelúcias fofas espalhadas por toda parte, almofadas em tons pastéis e paredes decoradas com pôsteres de bandas e ícones da cultura pop.

— Seus appas sempre tiveram certeza de que você é gay, né, mochi? – Jungkook perguntou, tentando segurar o sorriso, enquanto observava o quarto

Jimin, que estava ocupado organizando as malas, parou e virou para ele com as sobrancelhas arqueadas e os braços cruzados.

— Está perguntando isso por quê, Jeon Jungkook?

— A decoração não mente – Jungkook respondeu, rindo e se aproximando de Jimin. Ele olhou ao redor, encantado com o contraste entre o quarto alegre de Jimin e seu próprio estilo mais sombrio — Mas eu amo você assim, todo fofinho – ele acrescentou