Capítulo 32

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Na madrugada em que os alfas levaram os ômegas para a casa dos appas, Hoseok havia dirigido o carro de Namjoon, sendo seguido por alguns quilômetros. Felizmente, tudo acabou bem, e as duas partes do plano foram concluídas com sucesso.

Os alfas voltaram para Seul em um silêncio quase sufocante. A despedida havia sido dolorosa, uma dor que ecoava no peito de cada um deles. As palavras finais, os abraços apertados, as promessas silenciosas de retorno seguro, tudo parecia tão pesado que o ar dentro do carro se tornava difícil de respirar. No entanto, eles sabiam que o sacrifício era necessário, e isso lhes dava uma pequena medida de conforto.

Naquela madrugada, Jimin ficou bastante emotivo e dormiu agarrado em Seokjin. Jungkook também teve a mesma reação, e depois de muita insistência, dormiu com Namjoon.

Yoongi, Hoseok e Wang decidiram ficar na casa de Namjoon, pois não seria o momento ideal para se separarem. No dia seguinte, todos se reuniram no escritório do alfa e começaram a traçar um plano para reunir provas, focados no objetivo final.

[...]

Dois dias depois

Ji-hoon acordou antes do sol. Ele se levantou com um impulso inexplicável, uma energia que o tirou da cama antes do horário habitual. Sem fazer barulho, ele foi para a cozinha e começou a preparar um café da manhã caprichado, com uma variedade de pratos que encheriam os olhos de qualquer um. Havia sonhos dourados, crocantes por fora e macios por dentro, e churros cheios de doce de leite, uma tentação em cada mordida.

Quando estava tudo pronto, Ji-hoon levou as travessas para a mesa e, sentindo o frescor da manhã, decidiu relaxar no jardim. O ômega deitou-se na espreguiçadeira e fechou os olhos, deixando o sol que nascia aquecer sua pele. Aquele momento de paz era raro, e ele queria aproveitar ao máximo. Mas logo ele sentiu um cheiro familiar, aquele aroma inconfundível de Ha-jun.

Um sorriso se formou em seus lábios antes mesmo de abrir os olhos, e em seguida, ele sentiu o peso do corpo do alfa deitando-se sobre o seu.

— Bom dia, meu amor – murmurou Ha-jun, enquanto beijava suavemente a marca de Ji-hoon no pescoço

— Bom dia, neném – Ji-hoon respondeu, abrindo os olhos e encarando o rosto sorridente de Ha-jun. Ele o abraçou, sentindo a familiaridade daquele toque, e o conforto que só o alfa poderia lhe proporcionar

— Acordou mais cedo hoje. Perdeu o sono? – Ha-jun perguntou, curioso

— Não sei. Acordei de repente e decidi levantar. Aí, preparei um café da manhã incrível para nós. Depois que terminei, vim deitar aqui em busca de sol. Mas o meu marido está em cima de mim, tapando tudo e me impedindo de ganhar vitamina D – Ji-hoon disse sorrindo

— Nossa, eu todo carinhoso e ele reclamando – Ha-jun riu, revirando os olhos com carinho — Vamos trocar de posição, então

Ha-jun se levantou e puxou Ji-hoon para deitar entre suas pernas. O ômega se ajeitou e se aconchegando no peito do alfa, enquanto o sol começava a esquentar o dia. Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas aproveitando a presença um do outro, e a tranquilidade do momento

— Acordou com vontade de comer o que hoje? – Ha-jun perguntou, quebrando o silêncio — Porque venho reparando que todo dia você prepara um prato diferente do normal

— Fiz sonhos e churros, todos com bastante doce de leite – respondeu Ji-hoon, com um brilho nos olhos

— Você precisa diminuir esse açúcar, mocinho – Ha-jun alertou, preocupado com a saúde do ômega

— Nossa, amor, para de me controlar. Que coisa chata, não posso comer nada que você reclama – Ji-hoon retrucou, cruzando os braços em um gesto teatral

SOULMATE | Namjin - Volume 2Onde histórias criam vida. Descubra agora