𝕲𝖆𝖗𝖔𝖙𝖆 𝕸𝖆́ | 020

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- 𝕷𝖔𝖉𝖌𝖊

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- 𝕷𝖔𝖉𝖌𝖊

Volto para o chalé após ter uma breve conversa com a Ruiva, nada mais que uma apresentação e um tchau, ela estava apressada para alguma coisa e eu tinha que voltar logo.

- Finalmente retornou, onde estava? - Elizabeth pergunta-me, assim que eu entro no chalé.

- Precisava de um pouco de ar puro, aproveitei para olhar um pouco o acampamento. - Ocultei a parte em que conheci a menina de cabelos ruivos, saberia que isso causaria uma crise de ciúmes absurda em Elizabeth.

E não quero sair machucada e nem quero que alguém saia machucado.

- Ar puro? - Ela pergunta, deboche impregnava por completo seu tom de voz. - Realmente, fica espiando as pessoas no banho. - Meus olhos se arregalam, e eu sinto imediatamente vontade de pular do primeiro princípio que eu encontrar.

Sua confirmação que ela realmente sabia que eu estava a observando no banho, me fazia sentir raiva de mim, malditos hormônios.

- Eu, eu estava precisando de algo no banheiro só, mas acabei decidindo não atrapalhar. - Falo indiferente indo até minha cama me sentar, tentando ao máximo me manter normal, não transparecer meu nervosismo.

- A claro, que loucura minha, né Mi Reina? - Sinto minha nuca se arrepiar, quando sinto ela aproxima ao meu ouvido. - Seus minutos me observando eram apenas ilusão, certo?

- Certo! - Falo imediatamente me levantando da cama, minhas mãos suavam, e eu as secava repetidamente em minhas vestimentas.

Sua risada preenche o chalé, e eu fico me sentindo uma idiota.

- Então tá, se você diz. - Ela diz dando de ombros, mas sua expressão deixava claro que ela estava se divertindo com a minha situação.

Ela vai em direção ao meu armário, ela abre a porta, e a vejo pegando uma muda de roupa de frio.

- Aqui está, tome um banho, está suada. - Ela diz me olhando, sem deixar o sorriso idiota de seus lábios. - Prometo que não terá nenhuma ilusão minha te observando, igual eu tive. - Seu tom é de divertidamente sem se esquecer do típico deboche enquanto ela se jogava em sua cama.

Suspiro, com uma cara de tacho. - Ok. - Falo apenas isso, sem condições de falar algo á mais.

Entro no banheiro, fechando a porta atrás de mim, me encaro no espelho. Abro a torneira, faço uma concha com minhas mãos e encho elas de água, jogando em meu rosto em seguida.

Porque eu sinto isso?

As vezes eu acho que sou louca, alguém em completa lucidez não sentiria nada mais, com todos as coisas que ela fez a mim.

Mas porra, eu me odeio, por sentir algo. Minhas mãos apertam a borda da pia, fazendo minha mão ficar branca em segundos.

Me sinto estranha, entre sentir algo e odiar ela, querer distância e querer ficar perto dela. Sem pensar muito, novamente jogo água em meu rosto, querendo afastar esses pensamentos torturantes que não chegará a lugar nenhum, além de perguntas e mais perguntas á mim mesma.

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