Capítulo 4

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"Agora espere um minuto" protestou Lena. "Para começar, não sou uma criança. Sou uma mulher adulta, como presumo que você já deve ter notado."

Mas Kara estava muito tensa para ficar quieta ou ouvir a razão. Ela pulou, andando de um lado para o outro diante da lareira, seu corpo liberando uma torrente de calor apesar da completa falta de roupa.

"Não acredito que parei para ajudar você em vez de levar aqueles sacos de areia para a lanchonete." Os braços de Kara se agitaram violentamente, uma sensação de traição criando raízes dentro dela.

Lena levantou-se do chão. "Você acabou de dizer que gostaria que eu estivesse morta?"

"O que? Não!" Ela fez? Kara franziu a testa, repetindo as palavras na cabeça, confusa. Dadas as circunstâncias, ela podia ver como Lena havia chegado a essa conclusão. "Você provavelmente estaria bem sozinha."

"É, não é? Eu disse essa palavra várias vezes para minha mãe para ela não surtar. O carro foi arrastado por uma enchente", lamentou Lena. "E você está dizendo que deveria ter me deixado ir com ele, como se alguns sacos de areia extras tivessem feito alguma diferença naquela bagunça que vimos no centro da cidade. Você é sem coração."

"Não se atreva a dizer isso", retrucou Kara. "Você está errada. Você veio aqui para me seduzir. É esse o tipo de tática considerada ética nas escolas de negócios da Ivy League atualmente?"

"Minha escola não era nem remotamente da Ivy League", disse Lena com uma expressão semelhante à repulsa em seus olhos, "mas não é preciso ser um gênio para ver que a falha em quase me afogar, para não mencionar o carro que foi destruído, no esquema improvável que você montou na sua cabeça."

"Não é da Ivy League, hein? Isso é simplesmente fabuloso. A suposta especialista em negócios que meus pais chamaram para salvar o dia desta vez ganhou um diploma abaixo da média." O olhar de Kara desviou-se para o pé perfeitamente pedicurado de Lena, que batia com um ritmo febril, os olhos brilhando de irritação.

Era estranho o quanto Kara gostava de ver aquela mulher quando estava chateada? Havia um fogo nos olhos de Lena que deixou Kara com uma estranha sensação de satisfação.

E atração.

"Isso não é justo" protestou Lena, com as bochechas queimando de vergonha ou raiva. De qualquer forma, combinava com ela. "Sou boa no que faço."

"Por favor. Você é igual aos outros. Apenas mais jovem." Desta vez, a expressão de Lena tornou-se genuinamente confusa e Kara reservou um momento para transformar suas feições em algo um pouco mais suave. "Vocês, usam todos os tipos de estratégia, vêm com todos os sorrisos e jargões de negócios, prometendo a lua, mas, no final das contas, as propostas todas falhas e sem substância igual a você."

"Oh, isso é muito bom." O olhar de Lena se ergueu e Kara sentiu um choque físico. "Essa é a sua maneira de me dizer que não fui a primeira?" Ela cuspiu as palavras, sua voz misturada com fúria.

"Você foi a primeira com quem dormi." Enquanto falava, Kara não pôde deixar de notar como o aperto no peito de Lena fazia com que seus seios subissem e descessem a cada respiração furiosa. Ela engoliu em seco, tentando se concentrar na conversa em vez dos efeitos do estado enlouquecedor de Lena em seu próprio corpo.

"Quão encantador." Lena fez uma careta, a expressão em seu rosto era totalmente contrária comparada à adoração pela a heroína que existia há não muito tempo.

"Estou nisso há vinte anos e esta é a quarta vez que uma grande empresa faz uma oferta pela Danvers Family Creamery desde que completei dezoito anos", Kara sentiu-se obrigada a explicar. Diante da óbvia desaprovação de Lena, Kara precisava se redimir. "Cada vez, meus pais chamavam um consultor para nos ajudar a ver se conseguiríamos expandir o negócio sozinhos."

KARLENA - Tudo, queijo!Onde histórias criam vida. Descubra agora