Capítulo 7

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Enquanto estava em seu escritório na semana seguinte, Lena tomou um gole de café em sua caneca térmica, fazendo instantaneamente uma careta. Estava frio e tinha um gosto metálico estranho. Ela rapidamente empurrou a caneca para o canto mais distante de sua mesa antes de voltar sua atenção para seu relatório preliminar sobre a Danvers Creamery. Ela deu tudo de si, exatamente como prometeu a Kara que faria. Agora era hora de enviar suas recomendações a Morgan, onde as chances eram altas de que ele teria uma morte lenta e dolorosa. Goste ou não, a Danvers Creamery tinha muitos problemas complexos para a quantidade de receita que seu contrato provavelmente traria, e o Grupo Edge não trabalhava em casos de caridade.

Ainda assim, Lena fez o seu melhor.

Depois de enviar o relatório por e-mail ao chefe, Lena procurou uma foto que tirou no fim de semana. Era uma cabana cercada por árvores em vários tons de outono, com um enorme São Bernardo sentado na varanda da frente. Inexplicavelmente, as lágrimas arderam nos cantos dos olhos de Lena, mas ela piscou para afastá-las quando o som de passos no corredor interrompeu seus pensamentos. Ela rapidamente minimizou a foto e se endireitou na cadeira.

"O que você está fazendo aqui?" Sam enfiou a cabeça pelo batente da porta, olhando curiosamente para dentro da sala.

"Nada, apenas repassando algumas... coisas", respondeu Lena, tentando parecer casual. Sam ergueu uma sobrancelha, mas não pressionou mais. Ela entrou na sala e encostou-se na parede.

"Espero que seja uma apresentação para as Indústrias Potter", disse Sam em um tom que provocava entusiasmo.

"Por que?" O tom de Lena carecia de entusiasmo. "Potter está tão morto quanto o carro da minha mãe ma água."

"Exceto, talvez não. Acabei de falar ao telefone com Mackenzie Reynolds, que, ao contrário de você, compareceu ao casamento de Veronica no sábado. E você sabe com quem ela estava sentada ao lado na recepção?"

O coração de Lena deu um pulo. "David Potter?"

"Sim, David Potter!" Sam exclamou triunfantemente. "Acho que eles realmente se deram bem. Ela disse que ele era charmoso e bonito e tudo o que você esperaria de um CEO bilionário."

"Bom para ela." Lena forçou um sorriso, tentando não ficar amarga com a notícia de que uma conhecida aleatória da faculdade passou a noite sentada a centímetros do cliente em potencial que ela passou meses tentando cortejar.

"Bom para você também", acrescentou Sam com um sorriso. "Porque ela já concordou em ajudar a marcar uma reunião com ele quando ele vier para Boston na próxima semana. Você acha que pode se preparar até lá?"

"Eu? Você é quem parece pronta para lidar com isso." Mas enquanto ela dizia isso, um nó se formou no estômago de Lena. Afinal, ela teria sua chance?

"De jeito nenhum, Lena. Eu nunca roubaria um cliente em potencial de você. Mas o que está acontecendo agora? Você parece um pouco estranha." Sam franziu a testa. "Eu teria pensado que a primeira menção de David Potter faria você salivar como o cachorro do experimento de Pavlov."

Uma imagem de Chester, pingando baba, surgiu na mente de Lena, e ela não pôde deixar de rir. Algo naquele cachorro grande e pateta fazia tudo parecer um pouco mais brilhante. Uma sensação estranha, considerando que Lena nunca teve um animal de estimação. Com todas as viagens com os pais, até mesmo um cacto estava fora de questão.

"Estou bem. Não é grande coisa", disse Lena, balançando a cabeça. "Apenas as consequências de todo o incidente da enchente, só isso."

"Eu disse para você não voltar correndo para o escritório", repreendeu Sam. "Não me importa o que Morgan pensa, uma experiência de quase morte merece alguns dias de folga. Mas o que foi que fez você rir assim há um segundo?"

KARLENA - Tudo, queijo!Onde histórias criam vida. Descubra agora