03. L'arrivée (2).

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🗓️ — 19/07/2024.
🕚 — 13:55.
📍 — São Paulo, Brasil.

[...]

— ANA CAROLINA, ANDA LOGO, PORRA!

— CALMAAAAA! NÃO ME APRESSA NÃO!

— TU TÁ ACHANDO QUE O AVIÃO VAI TE ESPERAR É?!

Toda essa gritaria tá acontecendo porque tínhamos chegado super atrasadas no aeroporto e o avião já estava praticamente decolando. Priscila, com o seu jeitinho fofo e nada exagerado, começou a berrar no meio de todo mundo que estava ali e eu só aceitei e comecei a gritar tanto ou até mais que ela.

A Rapunzel Loira - que agora não tinha mais cabelo grande - estava extremamente eufórica, puxava ar de onde não tinha, mas mesmo assim não parou de acelerar os passos até começar a correr puxando sua única mala, já que as outras ela tinha mandado por alguém da comissão técnica que já devia estar em Paris, enquanto pedia licença às pessoas que estavam no caminho.

Por fim, conseguimos fazer todo o processo chato que era necessário fazer antes de embarcar e finalizamos tudo a tempo de não perder o vôo e levar esporro do Zé Roberto.

— Gente, vocês sabem que se vocês tivessem chegado 2 minutos depois, perderiam o vôo, né? — Nyeme fala. Todas já estávamos dentro do avião.

— Tudo culpa dessa irresponsável aí — Priscila aponta pra mim. — Quem em sã consciência, sabendo que tinha uma viagem super importante, COMEÇA A FINALIZAR O CABELO 5 MINUTOS ANTES DE SAIR DE CASA?! — A mulher começa a gritar me fuzilando com os olhos, o que fez todo mundo soltar uma gargalhada.

— Minha nossa, quanta agressividade... — Finjo estar ofendida. — Em minha defesa, eu tinha que chegar bonita em Paris, só isso. — Eu obviamente estava tentando tirar o resto de paciência que Priscila tinha.

— Nossa, Ana Carolina, vai tomar no meio do seu cu, sua vagabunda do caralho. Ainda me fez passar a maior vergonha da minha vida gritando igual uma maluca no meio de todo mundo.

— Calma lá também! VOCÊ que começou a gritar no meio de todo mundo, EU só deixei.

— VOCÊ é uma grande de uma puta. — Revira os olhos.

— Chega, né, crianças? Andem, todo mundo nos seus devidos lugares pra não acontecer nenhum acidente. Descansem. — Zé se manisfesta pela primeira vez desde que entramos no avião.

Todo mundo sabia que ele tinha razão então, por fim, voltamos a sentar nos acentos como pessoas civilizadas. Eu e Priscila optamos por passar a viagem juntas, lado a lado, assim como Nyeme e Ana, Julia Bergmann e Julia Kudiess, Thaisa e Gabi e por aí vai.

Conecto o meu fone na mini televisão que tinha ali e procuro um filme, optando por um mais leve, apenas como uma distração pra que eu boa pense muito e consiga dormir, que foi o que aconteceu.

[...]

— Dividir quarto contigo de novo, aff. — Priscila revira os olhos com a minha fala.

— Não gostou? Se joga dessa janela aqui, olha. — Mostro o dedo do meio pra ela.

Da janela que ela tava falando dava pra ver uma boa parte da Vila Olímpica e das ruas de Paris também. Óbvio que por ser quase 20:00 da noite poucas pessoas ainda perambulavam pelas calçadas da cidade, mas ainda assim tinha alguns grupos de pessoas passando. A Vila, por sinal, tava deslumbrante de bonita. O prédio do Brasil então? Coisa de outro mundo. Todos os detalhes ali pareciam ter sido feitos com extremo cuidado e atenção, o que passava até uma sensação de "acolhimento", por assim dizer.

Speranza. - Carol x You.Onde histórias criam vida. Descubra agora