Primeiro: perdão pela demora! (quem não aceitar, que se foda), eu estava mó ocupada e sem criatividade o suficiente, por isso a demora. Também estava preparando tudo para conseguir lançar a fanfic nova juntamente com esse capítulo.
Falando em fanfic nova da Carolana: Ela já está no perfil! Passem lá e dêem uma olhadinha, por favor, vidas.
Enfim, curtam e comentem muito!
[...]
O jogo tinha terminado: Brasil 1, Japão 2. A derrota amargava, mas o que ninguém podia negar era que o jogo foi eletrizante, disputado até o último segundo. As meninas deixaram claro que estavam lá para brigar, especialmente no primeiro tempo, quando dominaram o campo. Depois, veio aquele pênalti, seguido por um gol que nasceu de uma falha da defesa, e tudo desandou.
Claro que eu estava chateada, mas ao mesmo tempo me sentia estranhamente feliz. Não pelo placar, óbvio, mas pelo jeito que S/n vinha jogando. Seus passes eram certeiros, a velocidade absurda, e ela parecia tão confortável com a bola nos pés que dava a impressão de que a bola simplesmente queria estar com ela. Ela era, sem dúvida, a número 10 que todo time sonha em ter.
Quando a árbitra – aquela grandessíssima filha da puta – apitou o fim do jogo, meu olhar foi direto para S/n. Ela estava de pé, imóvel, com a camisa cobrindo o rosto e a cabeça jogada para trás, respirando fundo. A frustração estava estampada em cada linha do seu corpo. Meu coração apertou ao vê-la assim. Eu sabia o quanto ela tinha dado de si naquele campo, o quanto tinha corrido, lutado, acreditado. Mas parecia que, naquele dia, o universo simplesmente decidiu que a sorte não estaria do nosso lado. Cerca de dez minutos depois, Priscila recebeu uma mensagem de S/n, avisando que poderíamos ir até o vestiário. E fomos. Não demorou mais de dois minutos para chegarmos lá. O ambiente era outro, completamente diferente do que havia sido antes. O vestiário, que antes pulsava com a euforia da vitória, agora estava mergulhado num silêncio sufocante. Não havia risos, não havia dança, não havia comemoração. As meninas estavam sentadas, cada uma imersa em seus próprios pensamentos, talvez relembrando os momentos em que o jogo poderia ter tomado outro rumo. Era um silêncio pesado, carregado de perguntas sem respostas, de “e se?” que nunca seriam resolvidos. Esse é o fardo do esporte: você se entrega, coloca cada pedaço de si no jogo, mas, às vezes, isso não basta. Às vezes, o destino tem outros planos. E naquele momento, cada uma delas sentia isso na pele, naquele vestiário onde o eco da derrota ainda vibrava no ar.
Começo a cumprimentar as outras meninas enquanto as outras vão cumprimentar S/n. Gosto de ser a última pra ter mais tempo de conversar com ela. Tenho um papo mais alongado com Gabi Portilho e Tamires, as duas que eu tenho mais aproximidade entre todas. Cerca de 5 minutos depois, todas já tinham falado com Speranza, então essa foi a minha deixa.— Oi... — Minha voz sai fina, cautelosa.
— Oi, princesa. — Mostra um sorriso fraco.
— Você foi muito bem hoje, de verdade mesmo. — Tiro alguns fios de cabelo que se soltava no seu penteado.
— Mas não o suficiente, pelo resultado. — Suspira, jogando a cabeça pra trás.
— O futebol é um esporte coletivo, amor. Não adianta só uma pessoa ir bem, a maioria tem que estar em um bom dia, mas isso não significa que você tenha ido mal... Pelo contrário, você foi uma das melhores em campo hoje.
— Você acha? — Seu olhar, que antes era de completa decepção, agora tinha um brilho esperançoso.
— Claro que eu acho, bê. — Aliso seu rosto. — Você deu o seu máximo, se esforçou, mostrou força, garra... Mas, como eu disse, isso é um esporte que depende de um time inteiro.
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Speranza. - Carol x You.
RomanceEM ANDAMENTO! S/N, a habilidosa meio-campista do Juventus, e Ana Carolina, a poderosa atacante do Savino Del Bene, se encontram na vibrante Vila Olímpica durante os Jogos de Paris 2024. Entre os treinos intensos e a pressão das competições, um senti...