Mudando o Destino (Tradução)

Capítulo 1

A primeira imagem era de seu pai, mas ele não se parecia em nada com o que era agora. Ele parecia um cadáver ambulante, o cheiro da morte o impregnava. Ela também podia sentir o perigo que a cercava, sabendo que assim que seu pai se fosse, os abutres desceriam. Então a imagem mudou e ela se viu na cama de parto; suas coxas estavam cobertas de sangue e ela podia se ouvir gritando. O bebê estava morto e parcialmente deformado; ela podia dizer que tinha nascido antes do tempo. Então a imagem mudou para um garoto de cabelos escuros; ele estava sendo perseguido por um garoto de cabelos prateados. Ambos estavam em dragões e ela podia dizer que algo tinha dado terrivelmente errado antes mesmo do grande dragão que ela sabia que era Vhagar rasgar o garoto de cabelos escuros e o dragão menor. As coisas pioraram ainda mais a partir daí; ela perdeu filho após filho, antes que Syrax e quase todos os outros dragões fossem mortos.

Lágrimas correram pelo seu rosto quando ela viu Daemon lutando nas costas do dragão. Ele estava lutando contra o mesmo homem que havia matado o garoto de cabelos escuros. Quando Daemon foi morto, parecia que seu coração havia sido arrancado do peito. Ela queria gritar com a injustiça, queria fazer tudo voltar a ser como era. Ela já havia perdido tantas coisas, não deveria ter que perder mais nada. Antes que ela pudesse continuar a lamentar, a imagem mudou e ela estava em um navio com um pequeno garoto de cabelos prateados. Ela podia sentir alívio quando Dragonstone apareceu, mas uma parte dela sentiu uma sensação de pressentimento, como se algo não estivesse certo. Ela se viu sendo traída por um de seus próprios Aliados e, então, viu o homem de cabelos prateados. Ele estava terrivelmente desfigurado; seu corpo estava coberto de cicatrizes de queimaduras.

Havia ódio nos olhos do homem, e ela também podia sentir seu ódio por ele. O garotinho que estava com ela era segurado por um cavaleiro enquanto chorava. Houve um zumbido em seus ouvidos antes que um dragão dourado abrisse a boca e ela fosse engolfada em chamas.

Rhaenyra acordou com um grito silencioso; sua boca estava escancarada, mas nenhum som saía. Ela ainda podia sentir sua pele empolando e derretendo em seu corpo; ela ainda podia sentir a dor. Seu rosto estava molhado de lágrimas e ela tremia incontrolavelmente, tentando aceitar tudo o que tinha visto. Embora soubesse que tinha sido um sonho, ela também sabia que não era um sonho normal. Havia algo muito agourento sobre isso; o que quer que fosse, dizia que ela deveria prestar atenção. Levou vários minutos para controlar sua respiração. Assim que teve certeza de que seu corpo estava sob controle, ela se levantou e foi em direção ao jarro de água. Ela bebeu dois copos até que, finalmente, seu corpo parou de tremer.

Ela estava tentando pensar em maneiras de dormir novamente quando ouviu um barulho vindo de fora de seus aposentos. Ela franziu a testa, sabendo que sua Guarda Real teria impedido qualquer perigo de alcançá-la. Ela abriu a porta e ficou surpresa ao ver Aegon parado a alguns metros da entrada. O garotinho estava chupando os polegares e tinha lágrimas escorrendo pelo rosto.

"Aegon?" Ela assentiu para os dois cavaleiros antes de se aproximar do irmãozinho. Ela não tinha falado muito com o garotinho; ela tinha se ressentido tanto com o pai e a madrasta que descontou no irmão. "Qual é o problema?"

Ele tentou secar as lágrimas, "Eu tive um pesadelo."

"Oh, me desculpe por isso." Ela se ajoelhou na frente dele. "Por que você está aqui?"

"Fui ver a mãe." Ele fungou e olhou para ela com olhos grandes e tristes. "Ela gritou comigo e me disse para voltar para os meus aposentos."

"Sinto muito." Ela odiava o quão friamente Alicent tratava seus próprios filhos, mas não podia dizer nada, já que Rhaenyra não tinha sido a pessoa mais calorosa com eles. "Há algo errado com seus aposentos?"