Mudando o Destino (Tradução)

Capítulo 22

Descobrimos quem é a mariposa. Espero que gostem!

10 dia depois.

Helaena cresceu vendo coisas que nem sempre eram as mais felizes. As coisas nunca foram muito claras, e ela frequentemente ficava confusa tentando deduzir entre o que era real e suas visões. A mulher que a deu à luz sempre ficava chateada quando ela permanecia quieta ou quando dizia coisas que não faziam muito sentido para os outros. Alicent sempre apertava seu braço até que ela ficasse machucada e ficava chateada quando Helaena não respondia às perguntas do jeito que ela queria. Helaena aprendeu a ficar quieta e a não falar muito, o que também parecia irritar sua mãe. Ela estava infeliz e sabia que seu futuro seria mais sombrio, o que era algo difícil de entender com apenas três dias de vida. As coisas mudaram quando os deuses enviaram sonhos para Rhaenyra, e sua irmã percebeu o quão horríveis as coisas seriam. Ela não tinha certeza de sua irmã no começo, sem saber o que aconteceria.

Rhaenyra tinha se mostrado alguém doce e calorosa; ela não a chamava de estúpida nem ficava chateada quando Helaena permanecia quieta. Sua irmã a entendia e não gritava com ela por gostar de insetos. Desde que sua irmã teve os sonhos, começou a cuidar deles, e Helaena soube, pela primeira vez, o que era ter uma mãe: alguém que a amava incondicionalmente e se preocupava com ela. Então, Daemon chegou, e Helaena ficou apavorada; ela viu os ratos e o que eles fizeram. O tempo passou, e ela percebeu o quanto o homem passou a se importar com eles. Ela gostava quando ele a acompanhava e a ajudava a encontrar insetos. Ele ficava sentado com ela por longos períodos e a deixava falar sem parar sobre seus insetos. Ele não ficava chateado ou irritado quando ela apenas falava. Ela também gostava quando ele a abraçava e a segurava em seus braços. Ela estava muito feliz agora que Rhaenyra e Daemon eram seus pais.

"Princesa Helaena," seu corpo inteiro congelou e suas mãos tremeram. Ela nem se virou quando o homem se moveu para encará-la. "O que você está fazendo aqui sozinha?"

Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto imagens de sangue apareciam diante de seus olhos, e ela viu sua mãe com a garganta cortada. Ela viu seu pai e irmãos sem cabeça e dragões matando todos, sem nada ou ninguém para controlá-los.

O homem estendeu a mão para ela, e ela se encolheu, com lágrimas escorrendo pelo rosto.

"Helaena!" A voz do rei fez o homem recuar. "O que há de errado?"

Ela soluçou enquanto olhava para o rei. "Eu quero o papai."

O rei deu-lhe um sorriso confuso. "Estou aqui."

"Não!" Ela deu alguns passos para trás, pressionando-se contra a parede de tijolos. "Eu quero meu papai!"

"Pare com isso." A rainha se aproximou dela, seus olhos irritados, assim como estavam antes. "O que eu disse sobre chorar na frente de todo mundo?"

Ela deslizou pela parede e cobriu o rosto com as mãos, sua voz estava baixa. "Eu quero meu papai."

Seu pai a protegeria; ele não permitiria que ninguém a machucasse, nem sua mãe nem seus irmãos. Ela podia sentir as mãos de Alicent a apenas um sopro de distância e se preparou para a dor.

"O que está acontecendo aqui?" A voz a fez olhar para cima para ver seu pai parado sobre a rainha como um dragão vingador. "Se você tocar na minha filha, eu corto sua mão."

Ela viu os olhos de Alicent se encherem de medo enquanto ela se movia para ficar atrás do rei, que a olhava confuso.

O pai dela se ajoelhou na frente dela, os olhos cheios de preocupação. "O que há de errado, meu doce?"

"'A mariposa, papai.' Ela se jogou nele, envolvendo os braços em volta do pescoço dele enquanto ele a segurava em seus braços e se levantava. 'A mariposa vai nos machucar.'