A pistoleira

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Demorei mais a postar hoje
pois tava cuidando da casa
e família, mas aqui está
mais um capítulo
para vcs 😘❤️

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Simone saiu determinada do Rio de Janeiro para colocar em prática o plano que ela já havia arquitetado, deixou seu trabalho de delegada, as baladas que frequentava, o bom lugar que morava, tudo para ir atrás de vingança, sendo essa pela morte de seu irmão, a morena fora tomada pela ira de ter a vida levada da única pessoa que restou ao seu lado.

Com isso, sua sede de ir atrás e acabar com aquele que fizera isso só se tornou maior com o passar dos dias, e foi por esse fato que ela tomou uma decisão em sua vida, já havia perdido tudo o que tinha de precioso, não ligaria se carregasse uma morte nas costas, mas carregaria sabendo que havia vingado seu irmão.

Até hoje, dois meses depois do assassinato do Eduardo, seu irmão, Simone ainda lembra do telefonema que lhe fizeram, ela destruiu tudo que tinha na sua frente ali onde morava, estava tomada pela raiva, pela dor, pela saudade e tristeza, pegou um avião naquele mesmo dia e partiu para a fazenda que aquele que tinha de seu sangue, morava.

_É muita coragem, senhor José Augusto_ diz a morena ali naquela mesa.

_Tenho confiança em você e no seu..._ o homem ia dizer.

_Bom dia pai, oi Simone_ falou a jovem ao chegar na cozinha.

_Se sente minha filha, tome seu café conosco_ o pai pediu.

_Estou sem fome_ ela logo se retira.

A verdade é que aquela loira não entendia do por quê seu pai fazer toda questão de ter aquela pistoleira nos momentos de refeições, para Soraya, a morena ainda é uma completa estranha que seu pai simplesmente colocou dentro de casa, sem nem pensar direito.

Soraya preferia ter suas refeições depois que a morena já não estava mais na mesa, mas não adiantava de muita coisa almoçar, jantar e tudo mais sozinha, sem a mulher ali, se elas iriam se esbarrar diversas vezes pela casa, afinal, Simone está convivendo agora na fazenda.

_Arg, que chato isso deusdete_ comenta com sua cachorrinha.

Quando a loira chegou ali em seu quarto logo se jogou em sua cama, ficara pensando nas coisas que seu pai estava fazendo assim sem mais nem menos, ela nem sabe se algo possa ter acontecido para ele ter contratado essa mulher de repente, José Augusto não comenta muito dos problemas com sua filha.

_Por quê deusdete?_ olha para a peludinha sobre sua cama.

Ela queria entender mais dos problemas que acontecia na fazenda, na vida do pai e tudo mais, porém o mesmo não fazia questão de lhe dizer o que se passava, a preocupação do homem era a proteção com sua filha, por ter inimigos, sabe que os alvos para eles sempre são os familiares.

E José Augusto mal sabe que está com uma inimiga dentro de sua própria casa, o que tornou para Simone as coisas muito mais fáceis para pôr em prática o que planejou ainda no Rio, mas teria de ter paciência agora, há uma pessoa no meio dessa guerra que ela planejou.

Mesmo em poucos dias agora na fazenda, Simone percebeu o amor que existe entre pai e filha, e sabe bem o quanto seria difícil para aquela loira ter que conviver sem aquele que amava, mas assim foi com Simone, ninguém pensou em sua dor, mas ela pensou na dor do próximo, ou melhor sendo dito, da próxima.

_Menina sol?_ dona Marta surge ali.

_Oi Marta, entre_ Soraya logo se senta.

A mais velha conhecia muito bem aquela loira, a viu nascer, esteve presente e viu tudo o que aquela mulher passou, presenciou o maior sofrimento da baixinha que foi quando ela perdera sua mãe aos dez anos, e agora pode imaginar o que ela esteja passando com uma nova moradora na fazenda.