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Uma mira, um alvo, e um único aperto, seria apenas isso o suficiente para acabar de uma vez por todas com aquele homem que vai passando de cavalo, mas o mesmo passou e Simone não atirou, não que ela tenha fraquejado, mas foi a lembrança daquela loira, das palavras em uma conversa que tiveram, que a fez não ir a diante com o que ia fazer agora mesmo.

_Merda_ baixou a arma.

A arma que ela tinha agora não era mais a que ela havia trago do Rio, e sim outra que lhe foi dada por José Augusto, como a pessoa coloca uma arma nas mãos de quem está prestes a lhe tirar a vida? ele o fez porque não sabe da real intenção da morena.

A morena tivera sorte, como assim ela diz, em chegar e ser contratada tão facilmente por aquele que lhe tem o seu ódio, agora já faz exatamente um mês que ela está convivendo na fazenda, sendo totalmente diferente do que era na cidade grande.

_Por quê ele estava assustado?_ comenta.

Ela está agora voltando para a fazenda, ficou um bom tempo ali de tocaia para nada, pois não fez o seu serviço e só atrasou o que já deveria ter feito, mas de qualquer forma ela o faria, era rápida com suas funções, seguiu por outro caminho a pé mesmo, logo se viu no estábulo com o cavalo que lhe foi dado para fazer os trabalhos.

_Simone_ alguém lhe chama.

Logo ela se vira e vê Augusto se aproximando, ainda parece tenso, Simone sabe que há alguma coisa errada, e descobre assim que ele chega até ela e conta de uma armadilha que fizeram para ele mais cedo, e agora ela entende o motivo dele passar tão assustado aquele momento.

_Não quero deixar a minha filha sozinha nesse mundo, os irmãos nem ligam para saber, ela só tem à mim_ ele diz.

Apenas essas palavras foram o suficiente para Simone entender o que era pra ser feito o mais rápido possível, dar um fim em quem lhe fez a armadilha e que agora já deve até estar preparando algo pior para tentar com ele outra vez.

_O senhor devia ter mais cuidado em andar sozinho por aí, ainda mais tão cedo assim_ ela o diz.

_Sei que você tem razão, mas eu sempre fiz isso, minha vida inteira, eu só não contava com essa hoje_ comenta, passando a mão na testa.

_Grande fazendeiro como é, deve imaginar que não tem tantos amigos assim como o senhor acha que tem_ ele o olha.

_Você é bem observadora não é mesmo?_ Simone sorri de leve.

_São anos seu José Augusto, a gente aprende a desconfiar e ficar esperto para tudo_ há concordância dele.

_Por isso fiz questão de ter você aqui na fazenda, não acharia outra pessoa tão competente como você_ fala à ela.

_Agradeço a confiança senho Augusto_ diz.

_Agora deixe isso aí e venha tomar um café conosco_ chama.

_Seu José, eu agradeço, mas eu posso tomar aqui mesmo, ou..._ ia falar.

_Eu faço questão Simone, venha_ insiste.

_O senhor não acha que está deixando muito a desejar? eu cheguei tem pouco tempo e não pega bem algo assim_ ela o diz.

_Simone, eu faço questão por você ser uma mulher de coragem e ser a única da fazenda que faz o serviço até melhor do que aqueles que estão aqui há mais tempo_ a morena assente.

_Eu não quero abusar de sua boa vontade seu José_ ele sorri.

_Eu já fui uma pessoa assim como você está sendo agora_ fala.

A pistoleira Onde histórias criam vida. Descubra agora