-Soraya Thronicke-
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◆_E lá vão eles mais uma vez_ sussurro para mim mesma.
Estou parada bem perto da minha janela, um novo dia já chegou e meu pai seguiu para sua lida, acompanhado dela, de Simone, seu braço direito como assim ele a dominou, agora ela já está um mês aqui na fazenda e alguns dias, mas aquela cisma ainda permanece dentro de mim.
_Queria arrancar isso do meu peito_ digo baixo.
Queria muito poder tirar isso de mim, pois de certa forma me incomoda, ter convivência com uma pessoa e sentir algo quando estou perto, seria só cisma que eu esteja sentindo dela mesma?
_Está doida Soraya?_ me repreendo.
Nunca tive nenhum tipo de relação mas posso dizer para qual lado eu jogo, não tenho dúvidas disso, ou tenho? não, não deve haver dúvida nenhuma comigo quanto a minha sexualidade, o que sinto por essa mulher não passa de uma cisma tola, e que com o tempo dela aqui trabalhando, irei me acostumar e esquecer isso.
_Sim, você vai esquecer_ falo.
_Começou a falar sozinha agora, menina sol?_ dou um salto pelo susto.
_Dona Marta só deve querer me matar de susto, tenho certeza_ a mais velha sorrir.
_Estava olhando os dois daí dessa janela?_ pergunta.
_Eu? que nada, tava olhando o dia lindo que está lá fora_ minto.
_Deixe disso menina, a dona Simone faz um bom trabalho para seu pai, e você sabe que ele gosta de pessoas competentes_ diz.
_Eu sei, mas precisa disso tudo? todo esse agrado, até comer com a gente ela come_ ando até minha mesa.
_Ciúmes do seu pai?_ a olho.
_É só uma cisma_ digo.
_Cisma com o quê? não vai me dizer que a menina pensa que seu pai e a Simone..._ eu sabia o que ela ia falar.
_Não dona Marta, isso é a última coisa que passa pela minha cabeça_ me sento.
_Então qual é a cisma que a menina está tendo?_ olho para a mais velha de novo.
_Eu não sei explicar dona Marta, isso é horrível, ficar cismada com alguém de repente_ levanto.
_Não devemos ignorar o que a gente sente minha filha, vai ver você tenha motivos para se sentir assim_ passo a mão no rosto.
_Que motivos eu teria para cismar tão de repente com essa mulher que se tornou apenas mais uma funcionária do meu pai?_ olho para dona Marta.
_Você nunca cismou a toa com as coisas, menina sol, nunca_ ela diz isso e sai.
Solto uma lufada de ar, dona Marta é uma das únicas pessoas que me conhece como ninguém, isso que ela falou é verdade, eu nunca cismei a toa com as coisas, quando eu via algo que me deixava incomodada e implicava, descobria logo depois do por quê eu ter agido de tal maneira.
_Se há algo que me faz cismar com ela, o que seria?_ pergunto para o nada.
Não posso acreditar que ela estaria aqui por exemplo a mando de algum inimigo do meu pai para que fizesse algo com ele, caso fosse, por quê ela perderia tanto tempo para executar o plano? se de fato existe um plano.
_Se ela tem a faca e o queijo na mão, por quê não agiu ainda?_ questiono.
Talvez porque não há nada que a fará agir diante de alguma coisa, talvez ela seja mesma apenas essa pistoleira, talvez ela chegou aqui por acaso, e talvez ela seja só essa boa funcionária para meu pai e ponto, fim de papo, e eu que tô fazendo todo esse rebuliço, quem sabe eu é que esteja errada sobre tudo.
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A pistoleira
FanfictionApós saber da morte do irmão, Simone deixa tudo no Rio de Janeiro para executar seu plano de vingança, mas quando ela chega naquela fazenda do homem que cometeu tal atrocidade com seu irmão, sua vida dá uma nova reviravolta ao se deparar com a mulhe...