· 𝐎 𝐌𝐞𝐮 𝐀𝐥𝐟𝐚 ·

𝐂𝐚𝐩 𝟗 • 𝐕𝐢́𝐝𝐞𝐨

Seu cérebro passou muito tempo tentando processar a imagem em sua mão. Era uma imagem de Stiles, encharcado de sangue e inconsciente. Ele estava sentado em um chão de concreto, mas suas mãos estavam acorrentadas no alto contra uma viga de metal. Ele tinha uma série de hematomas e arranhões em cada lado do rosto, um olho inchado e fechado, e sangue escorrendo pelo queixo. Sua cabeça pendia em um ângulo doloroso, seu corpo mole. Os hematomas continuaram descendo pelo pescoço até desaparecerem na gola baixa de sua camiseta. Seu moletom vermelho característico havia sumido. A camiseta azul-clara gráfica que ele usava estava arruinada pelo sangue pingando de seu lado, a mancha brilhante e molhada se espalhando até a metade do peito. Seus sapatos tinham sumido, assim como suas meias. Seu jeans estava rasgado em alguns lugares e Derek não conseguia dizer se era sangue ou qualquer outra coisa encharcando o material escuro. Ele então percebeu que entre os hematomas em seu pescoço, apenas minhas marcas pertencem ali!, havia pequenas marcas de queimadura, como as picadas de uma agulha.

Stiles estava sendo torturado. Torturado como qualquer outro lobisomem. Tanto para o Código, de fato.

- Vou despedaçá-los. - Derek sibilou, mal se recompondo antes de esmagar o telefone de Scott. Acima da imagem estava a mensagem que Scott mencionou. Nem tentava parecer com a de Stiles como escritor.

- Então o que vamos fazer? - Isaac perguntou, mudando de posição inquieto de um pé para o outro. - Como podemos encontrar esses caras?

Derek suprimiu o rosnado que seu lobo queria desesperadamente soltar. Este beta, este filhote, os rejeitou como Alfa. E considerando como este filhote ignorou seu companheiro, ele não tinha certeza se eles o queriam como parte da matilha de qualquer maneira! Mas ele ainda era um lobo e havia força nos números...

- Não temos tempo para repassar isso! Diz que temos até o amanhecer e já são dez. Temos oito horas para encontrar Stiles!

- Eu falo com Allison! - Scott ofereceu imediatamente. - Se são Caçadores com quem estamos lidando, o pai dela tem que saber quem são.

- Não há tempo! - Derek cuspiu, olhos vermelhos. Isaac visivelmente suprimiu um estremecimento, desviando o olhar de Derek, mas Scott encontrou seu olhar, franzindo a testa. Então o telefone tocou novamente com uma mensagem.

Isaac ficou tenso, esfregando a nuca e a bochecha. Scott olhou para o telefone na mão de Derek, o olhar triste de cachorrinho de volta. Derek estava com medo de olhar. Ele já estava em gelo fino com seu controle. Ele precisava de estabilidade. Ele precisava de razão. Ele precisava de seu Alfa.

- Deixe-me segurar o telefone, Derek. - Scott disse suavemente, estendendo a mão. - Se ficar muito para você, não precisa olhar.

- Preciso dar uma olhada. - Ele sibilou, mas entregou o telefone mesmo assim. Scott se virou para longe dele, mirando a tela para os dois para que pudessem ver. Eles notaram que a mensagem não era uma imagem ou mais ameaças. Era ainda pior.

Era um vídeo.

Sem dizer nada, Scott apertou lentamente o play e a filmagem borrada da câmera se moveu pelo que parecia um porão industrial com janelas pequenas e altas e dutos de ar expostos correndo ao longo do teto. Stiles estava posicionado no meio da sala. No canto da sala havia um cavalete e pequenas tábuas de madeira, serragem espalhada pelo chão de concreto. Do outro lado da sala estava a traseira de uma van sem janelas com as portas abertas, como se estivesse esperando para ser carregada. Havia uma mesa mais perto da câmera com uma variedade de instrumentos e ferramentas que a mente de Derek se recusava a processar. Ele sentiu mais do que viu Isaac se inclinar sobre os dois, observando a filmagem. Nada mais na sala valia a pena sua atenção e não havia nada para identificar um local.