𝐂𝐚𝐩 𝟏𝟓 • 𝐌𝐚̃𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐂𝐮𝐫𝐚𝐦, 𝐌𝐚̃𝐨𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐅𝐞𝐫𝐞𝐦

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Tudo o que Derek conseguia fazer era pensar. Pense em como seu pé adormeceu, mas ele não conseguia se levantar e andar. Pense em como suas costas doíam encolhidas em cima do banco bambo, mas era o único assento alto o suficiente para sentar ao lado de onde Stiles estava deitado em uma mesa de exame de aço acolchoada às pressas. Pense em como Stiles agora parecia pior sob a iluminação forte e florescente do que naquela manhã sendo puxado para fora de seu túmulo. Pense em como ele continuou apertando a mão de Stiles na sua, rezando por qualquer reação.

Melissa McCall limpou Stiles o melhor que pôde, mas eles não puderam fazer muito sobre suas roupas até que Scott voltou com algumas peças extras. Isaac já tinha ido ao loft para pegar algumas para Derek, depois que Melissa o mandou se limpar. Ela ainda não tinha falado com Derek. Em vez disso, ela o encontrou na porta da sala de exames, seu olhar o prendendo no lugar. Se os olhares pudessem matar... antes de passar por ele para lhe dar um minuto com Stiles.

Scott saiu logo depois que Stiles não estava mais em perigo. Ele saiu irritado, depois que ele e Derek trocaram algumas palavras tensas sobre como lidar com qualquer encontro com o xerife. Scott insistiu que eles contassem tudo ao pai de Stiles. Derek, mais uma vez, queria esperar até que a única família do xerife não estivesse inconsciente em uma mesa de metal para fazer isso. Isaac ficou do lado de Derek, chegando até a rosnar para Scott quando ele gritou com Derek. Derek estava a caminho de dar uma surra no beta teimoso, se não fosse pelos gemidos de Stiles durante o sono, seus movimentos interrompidos pelas amarras de gaze em seus pulsos e tornozelos.

Ele tinha pontos em todo lugar. Amarrá-lo, estranhamente, foi ideia de Melissa. Stiles é o pior paciente, ela disse, a voz concisa. Ele podia sentir a tensão irradiando da mulher mais velha, e apesar de ser humana, ela o lembrava de sua própria mãe. Sua mãe era assustadora quando precisava ser, o que, como Alfa, era muito assustador. Tanto sua mãe quanto a mãe de Scott eram ferozmente protetoras das pessoas com quem se importavam, e não hesitavam em expressar sua antipatia por você. Ele esperava que ela o culpasse pelo que aconteceu. Seria apenas a verdade.

— Derek? — Isaac chamou da porta, mão meio levantada para bater. Derek assentiu uma vez e Isaac entrou, caminhando para o outro lado de Stiles. Ele lentamente estendeu a mão e colocou uma mão no braço de Stiles. Veias pretas subiram sobre a pele de Isaac e o lobo mais jovem estremeceu antes de respirar através da dor absorvida.

— Isaac? — Derek perguntou, sobrancelhas franzidas. Sua voz ainda estava rouca por causa do colapso que parecia ter ocorrido dias atrás, mas ver o céu azul brilhante pelas janelas indica que faltavam apenas algumas horas. — Você está bem?

Isaac sibilou, rangendo os dentes enquanto uma veia preta em seu antebraço inchava. Derek estremeceu em simpatia.

— Sim — Isaac respondeu, ombros eretos em determinação. — Ainda sou novo nisso. Primeira vez tentando em um humano.

Derek se sentiu dividido entre a vontade de arrancar Isaac da dor ou deixar seu beta levar a dor de seu companheiro.

— Mostre-me algum dia? — Ele perguntou em voz baixa. — Minha mãe costumava fazer isso. Acho que vi Laura conseguir algumas vezes. Parece que nunca consigo entender. — Ele se sentia desconfortável em admitir, mas ver o pequeno sorriso no rosto de Isaac enquanto eles se encaravam tornou isso um pouco mais suportável.

— É. — Isaac disse, afastando a mão enquanto as veias sangravam cinza. — Eu posso ajudar com isso.

Eles ficaram em silêncio por um momento, revezando-se para olhar para Stiles e medir sua respiração lenta e uniforme.

— Isso é tudo que eu queria fazer, sabe? Ajudar você.

Derek suspirou, segurando a mão de Stiles com força.

· 𝐎 𝐌𝐞𝐮 𝐀𝐥𝐟𝐚 ·Onde histórias criam vida. Descubra agora