IMAGINES - Draco Malfoy

Banheiro

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Desde que você entrou em Hogwarts, a rivalidade entre você e Draco Malfoy é bem conhecida. Você é uma Potter e ele, um Malfoy — uma divisão que sempre parecia mais profunda do que as rivalidades normais entre casas. As provocações e as disputas entre vocês eram constantes, alimentadas por uma história familiar carregada de ressentimentos e expectativas.

Certa noite, enquanto caminhava pelos corredores de Hogwarts, você ouve um som de choro vindo do banheiro masculino. Curiosa e um pouco preocupada, você decide investigar. Ao abrir a porta, a visão que você encontra é surpreendente e desconcertante.

Draco Malfoy está de joelhos no chão, sua expressão contorcida em dor e desespero. Ele está sozinho, aparentemente lutando contra algo que o afeta profundamente. O fato de que ele é um comensal da morte e está sofrendo parece ter se tornado uma realidade difícil para ele. Seu choro é baixo e sufocado, e você hesita por um momento, sem saber se deve sair e deixar a cena ou se aproximar.

— Draco? — você pergunta, sua voz saindo mais suave do que esperava.

Draco levanta a cabeça, os olhos vermelhos e inchados, cheio de surpresa e um pouco de vergonha ao te ver ali. Por um momento, ele parece envergonhado e hesita em responder.

— O que você está fazendo aqui, Potter? — ele pergunta, tentando recuperar a compostura, mas a dor em sua voz é inconfundível.

Você dá um passo à frente, seu coração se apertando ao ver o sofrimento dele. — Eu ouvi você chorando e... não sei, parecia que precisava de ajuda.

Draco ri fraco, um som amargo. — Ajuda? Você deve estar brincando. Por que você se importaria com alguém como eu?

— Talvez eu não devesse — você admite, — mas ninguém merece sofrer assim. O que está acontecendo com você?

Ele hesita, os olhos se fixando no chão. — Eu... eu não consigo mais suportar. Ser um comensal da morte, as expectativas, as mentiras... é como se estivesse me afundando em um buraco sem fim.

Você se aproxima ainda mais, agora a poucos passos dele. — E o que realmente está te machucando? É o que você se tornou ou algo mais?

Draco olha para você, seus olhos mostrando uma mistura de dor e surpresa. — É tudo. A pressão de ser o que esperam de mim, as escolhas que fiz, as coisas horríveis que fiz...

Você se senta ao lado dele, tentando oferecer algum conforto. — Ninguém é só a soma de suas escolhas ruins. Todos nós temos um caminho para seguir, e talvez o seu ainda não esteja definido.

Ele olha para você, os olhos cheios de uma gratidão inesperada. — Não sei por que estou te contando isso... você sempre foi minha inimiga.

— Inimigo ou não, todos somos humanos — você responde suavemente. — Às vezes, precisamos de alguém para ouvir, mesmo que seja alguém que nunca esperávamos.

Draco fica em silêncio por um momento, a batalha interna visível em seu rosto. Finalmente, ele solta um suspiro pesado. — Talvez você tenha razão. Eu não sei o que fazer agora.

— Não precisa saber tudo de uma vez — você diz. — Às vezes, o primeiro passo é só admitir que precisa de ajuda. E, por mais difícil que seja, talvez esse seja o começo para algo melhor.

Draco apenas acena com a cabeça, parecendo aliviado, embora ainda com dor. A conversa não resolve todos os problemas dele, mas oferece um vislumbre de esperança onde antes havia apenas desespero.