Paulo André voltou a Vila Velha no Dia dos Pais, um retorno que deveria ser marcado por celebração, mas que acabou sendo uma sucessão de frustrações e decepções...
A competição nas Olimpíadas não saiu como ele esperava. Depois de um desempenho ruim, terminando em último lugar, a crítica foi implacável. Para PA, o fracasso não foi apenas uma questão de tempo perdido na pista, mas uma manifestação clara do tumulto emocional que carregava dentro de si...
Seu desempenho nas Olimpíadas foi prejudicado pela condição emocional na qual ele se encontrava. Em vez de estar focado e concentrado, sua mente estava constantemente voltada para Jade. Em cada corrida, em cada esforço, ele pensava: "Era para ela estar aqui, torcendo por mim."...
A ausência de Jade se tornou um peso adicional em seus ombros...
Ao voltar para Vila Velha, PA estava se sentindo mais como um perdedor do que como um atleta em recuperação. O Dia dos Pais deveria ser uma oportunidade de alegria e celebração com seu filho, mas a realidade era muito diferente...
A família estava reunida—tios, avós, primos e parentes de segundo grau. Todos estavam radiantes com o fato de que PA havia "reconstruído sua família" e "dado uma nova chance à família"...
No entanto, para PA, a felicidade que ele via nos rostos dos outros era uma miragem. Ele não sentia alegria naquele ambiente. A presença de Thaís ao seu lado, que fingia um amor que ele sabia ser superficial, apenas agravava sua sensação de desconexão...
A obrigação de manter uma aparência de felicidade era dolorosa. Thaís havia postado uma declaração efusiva no Instagram, professando seu amor por ele e destacando o quanto estava feliz com a "família unida" que estavam formando. A foto, com PA sorrindo, era um retrato de uma felicidade forçada. Para ele, aquele sorriso não refletia amor, mas um esforço para manter a fachada...
O sorriso era apenas um reflexo de seu desejo de estar com seu filho, de compartilhar aquele momento genuíno com ele, sem a necessidade de fazer o papel de um casal perfeito...
PA também enfrentava um ciúme corrosivo ao ver Jade e Alan juntos. As fotos de Alan ao lado de Jade eram um lembrete constante do que ele havia perdido. A visão de Jade, agora acompanhada por outro homem, alimentava um sentimento de arrependimento...
Ele queria estar ao lado dela, apoiando-a em um momento difícil, especialmente após a perda de sua avó. Em vez disso, era Alan quem estava preenchendo o espaço que ele desejava ocupar. A angústia e a dor de ver Jade com outro homem eram intensificadas pela sensação de impotência...
Enquanto PA lutava com suas próprias frustrações e sentimentos , Jade tentava seguir em frente...
A perda de sua avó havia sido devastadora, mas ela estava fazendo um esforço consciente para se recuperar. A rotina de treinos e trabalho estava ajudando a manter sua mente ocupada, e a terapia em dia estava se mostrando um alívio necessário...
Alan estava ao seu lado, oferecendo suporte durante esse período difícil. Embora Jade reconhecesse a ajuda de Alan, ele não era PA. A presença de Alan, embora reconfortante, não preenchia o vazio deixado por PA...
Jade enfrentava uma batalha interna constante. O ciúme de ver PA ao lado de Thaís, levando uma vida que parecia ter tudo o que ela havia desejado, aumentava sua dor. A cada vez que ela via algo relacionado a PA nas redes sociais, seus sentimentos de tristeza e abandono se intensificavam...
As perguntas sem resposta sobre por que PA a deixou, especialmente depois de dois anos de relacionamento, eram um tormento constante. Ela se sentia traída, não apenas pela separação, mas pela aparente facilidade com que PA havia de seguir em frente, coisa que ela não conseguia fazer...
Enquanto Jade e PA tentavam encontrar seu caminho em meio à dor e à confusão, ambos estavam cientes de que a vida estava exigindo mais deles do que eles estavam preparados para dar. A distância física e emocional entre eles estava criando uma separação dolorosa que parecia insuperável...
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