18. ⚗️

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Por uma fração de segundo, Zayn pensou que Liam poderia dizer-lhe para se mover para que pudesse deslizar atrás dele, mas depois de um momento de hesitação, ele entrou na banheira oval e sentou-se, movendo-se até ficar rente a ele, recostando-se hesitantemente, ombros em volta das orelhas.

Zayn riu. — À vontade, jaan. Simplesmente quero sua companhia. Não estou esperando aqui com uma arma sob as bolhas. — Liam relaxou visivelmente, apoiando a cabeça no ombro dele. — Isso é melhor.

Deixou suas mãos percorrerem o peito e o torso de Liam. Parecia a melhor maneira de apreciar a forma dele: dedos escorregadios e ensaboados brincando em seus mamilos, deslizando ao longo das cristas de seu abdômen, passando pelo cabelo logo abaixo do umbigo, parando logo antes de seu pau antes de viajar lentamente para cima novamente. Liam deu um suspiro que parecia quase contente.

Zayn aninhou-se atrás de sua orelha e ao longo da curva de sua garganta, apreciando o sabor salgado da pele  em seus lábios. Quanto mais o acariciava, mais tranquilo Liam parecia ficar, seu peito subindo e descendo sob as mãos de Zayn. — Por que você não me deixou responder à pergunta? — ele finalmente perguntou.

— O quê? — Liam perguntou com a voz rouca.

— Mais cedo. Por que você não me deixou responder à pergunta que o psiquiatra fez? O que eu admirava em você? Você achou que eu não teria nada a dizer?

Hesitou. — Não sei. Talvez. Talvez eu não queira saber. Talvez, uma vez dito, não haja como voltar atrás.
Zayn passou os dedos molhados pelo cabelo de Liam, murmurando: — E se eu não quiser voltar atrás?

Payne respirou fundo, balançando a cabeça. — O que há para homens como nós? Só isso. Brigando. Fodendo. Matando. Desconfiando. Mal-entendidos.

— Isso é tudo que isso significa para você? — perguntou, sabendo em seu coração que não era assim que Liam realmente os via, mesmo que isso tornasse as coisas mais fáceis para os dois se ele visse.

Liam estava quieto, mas sua mão pegou o pulso de Zayn, deslizando para entrelaçar seus dedos. Esse gesto pronunciou as palavras que parecia não conseguir, fazendo com que um calor se espalhasse por Zayn que rivalizava com a água do banho.
Malik falou antes que pudesse se conter. — A primeira coisa que admirei em você foi sua beleza. Você foi um colírio para os olhos naquela noite no bar, e fiquei chocado que você me queria. — Desta vez, foi Liam quem virou a cabeça, cheirando o queixo do outro assassino com um toque quase imperceptível.

— Quando percebi por que você estava ali depois de uma bisbilhotice descarada, desmontei sua arma, não porque você fosse o concorrente, mas porque percebi depois da noite que passamos juntos, que a única maneira de ver você novamente seria se eu fizesse algo que deixasse você com raiva o suficiente para querer se vingar.

— Liam não respondeu, mas apertou a mão dele. Malik podia sentir a respiração acelerada, o que lhe dizia que estava ouvindo. — Admiro sua habilidade com uma arma, jaan, sua precisão. A maneira como você mata é arte.

Verdadeiramente. Mas você fodeu como se tivesse matando... à uma distância segura, onde ninguém pudesse te machucar. Eu precisava de você mais perto de mim. No centro de cada decisão estúpida que tomei, de cada plano retroativo, sempre foi apenas isso. Eu queria você, o verdadeiro você, o mais próximo que pudesse.

— Por quê? — perguntou, a voz crua.

— Porque eu sabia, mesmo naquela época, eu acho, que poderia amar você, mas não tinha certeza se conseguiria derrubar suas barreiras o suficiente para fazer você me amar.

— Ainda assim, aqui estou.
Zayn levantou os dedos entrelaçados para beijar a palma da mão de Liam. — Sim, você está aqui.

Mais alguns minutos de silêncio se passaram antes que Liam falasse novamente. — Você realmente matou seu pai?

— Você estava escutando minha conversa, jaan? —  perguntou, imperturbável.

kill bill - ziam Onde histórias criam vida. Descubra agora