kill bill - ziam

7. ⚗️

O reconhecimento no armazém foi mais difícil do que o previsto. O prédio era um bloco sólido de concreto com janelas escuras de quinze centímetros no topo.

Imagens de satélite mostraram dois pequenos painéis de vidro no telhado, mas para chegar até eles era necessário escalar uma cerca de três metros de altura coberta com arame farpado, passar por seis guardas armados e desviar de câmeras nos cantos do prédio, cada uma examinando em intervalos de um minuto.

Eles estavam em um terreno escuro do lado de fora da cerca, ambos vestidos de preto da cabeça aos pés, com microfones nos ouvidos para que pudessem se comunicar assim que se separassem.

Se eles se separassem. Zayn estava começando a pensar que isso não iria acontecer. Liam se recusou a permitir que Malik, a escolha mais lógica, escalasse a escada de metal na parte de trás do prédio por motivos que o moreno ainda não conseguia discernir.

— Você está sendo irracional — disse pela quinta vez, mexendo na faca no cinto.

Liam olhou carrancudo para ele na penumbra de uma noite sem lua. — Sou mais rápido que você. Tenho mais experiência em combate corpo a corpo. Posso ir e voltar em minutos.

Zayn respirou fundo para se purificar, tentando se lembrar de que isso era o que vinha do fato de Liam não controlar tudo. Ele estava discutindo apenas por discutir, embora nunca fosse admitir.

O celibato autoimposto dele estava claramente deixando-o irritado e desagradável. Ainda mais do que o normal. Zayn não achava que dizer isso a ele ajudaria sua causa, e qualquer oferta para ajudar a aliviar seu tesão foi rejeitada, então, mais uma vez, tentou argumentar com ele.

— Você nunca me viu manejar uma faca e sou muito mais ágil. Também tenho menos probabilidade de ser captado pela câmera. Você é... mais amplo do que eu.

— Você está me chamando de gordo? — perguntou, um leve toque de humor escapando em sua voz.

Olhou para Liam de uma forma que pareceu fazer o outro homem se contorcer. — Não, jaan. Não há um grama de gordura em você. — Payne suspirou e Zayn vislumbrou a fenda em sua armadura.

— Se as coisas correrem mal, você pode tirar alguém daqui com sua arma de forma rápida e silenciosa. Não posso envenenar alguém desta distância. Preciso de você aqui, me protegendo. Você sabe que estou certo.

Os ombros do outro assassino caíram. — Tudo bem, mas se você for capturado, vou deixar sua bunda e encontrar seu contato sem você.

Zayn sorriu. — Se eu for pego, você virá me resgatar ou nunca receberá uma palavra do meu contato.
Payne grunhiu, já cortando a cerca com um alicate.

Tiveram que esperar mais vinte minutos para que os guardas passassem e as câmeras iniciassem a varredura na outra direção. Zayn deslizou pela abertura na cerca e disparou para a escada, escalando rapidamente o prédio de quatro andares e aterrissando no telhado atrás de uma barreira de concreto de 60 centímetros de altura.

— Exibicionista — Liam murmurou no ouvido dele.

Zayn riu baixinho, permanecendo abaixado enquanto examinava o telhado em busca de qualquer sinal de movimento. Era silencioso. Ele rastejou em direção ao primeiro pequeno quadrado de vidro no teto. Ele não sabia qual poderia ser seu propósito, já que era pequeno demais para deixar qualquer luz entrar na estrutura.

Deitou-se ao lado do vidro, libertando o telefone e certificando-se de que o flash estava desligado, limpando o vidro com a manga da camisa, antes de colocar a câmera do telefone voltada para baixo.

— O que você vê? — Liam perguntou, com uma voz rouca no ouvido.
Zayn olhou para o armazém bem iluminado, deixando seus olhos se ajustarem. Abaixo estava um grupo de homens sentados em uma pequena mesa, profundamente enraizados em seu jogo de cartas.

— Cinco homens jogando cartas em uma mesa. — O olhar  varreu para a direita. — Mais contêineres de carga. Quatro deles. Não consigo ver o que há neles. Vou ver se consigo ver melhor da janela do outro lado.