9. I Change the Game

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Boa noite, amores! Estão bem? Sentiram saudades? Espero que sim.

Estou eu aqui novamente para deixar mais um capítulo para vocês, capítulo esse que quero também dedicar as minhas meninas do squad Rebiles no twitter e que sempre acompanham a fanfic. Um beijo pra vocês!

Quero deixar claro que nesse capítulo eu busquei uma nostalgia dentro da história das meninas, focando apenas nas duas então leiam com atenção para não perderem nenhum detalhe. Também não deixem de comentar e curtir todos os capítulos para ajudar no engajamento da fanfic.

Sem mais delongas, boa leitura, bebês!

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Paris, França
Domingo, 04 de Agosto 06:00 AM

O sol despontava lentamente sobre o horizonte parisiense, tingindo o céu com tons suaves de rosa e dourado, enquanto a Cidade Luz despertava preguiçosamente para mais um dia. Simone Biles, no entanto, já estava desperta há horas, seu sono interrompido por pensamentos tumultuosos que rodopiavam em sua mente como uma incessante rotação de solo. Cada fibra de seu corpo atlético estava tensa, não apenas pelo rigoroso treinamento físico, mas pela exaustiva batalha emocional que a consumia por dentro, devorando sua paz como um fogo voraz.

Com movimentos deliberadamente silenciosos, Biles se ergueu do leito, seus pés descalços tocando o chão frio. A necessidade de ar fresco, de um espaço para organizar seus pensamentos caóticos, era quase palpável. Vestiu um agasalho discreto, como se pudesse se camuflar na cidade ainda adormecida, e deixou o edifício da delegação americana. Seus passos rápidos ecoavam pelas calçadas desertas, o som reverberando como um lembrete audível de sua solidão naquele momento.

A metrópole ao seu redor parecia estranhamente alheia ao turbilhão emocional que a assolava. A serenidade matinal de Paris era um contraste gritante com a tempestade que rugia dentro dela, uma calmaria que apenas acentuava o caos de seus sentimentos. As ruas vazias, as vitrines ainda escuras, tudo parecia observá-la em silêncio, testemunhas mudas de sua angústia.

Enquanto caminhava sem rumo definido, as lembranças do confronto com Rebeca no tablado invadiam sua mente como uma avalanche implacável. Simone sempre fora uma competidora feroz, era parte intrínseca de seu DNA de atleta. Mas havia algo diferente, algo perturbadoramente único nesta rivalidade com Rebeca. Era como se cada movimento da brasileira a desafiasse, expondo vulnerabilidades que nem sabia que possuía.

E então, havia os momentos. Aqueles instantes impulsivos e eletrizantes que havia tornado tudo infinitamente mais complexo, beijos, toques... As sensações ainda reverberavam em seus lábios, um fantasma de desejo que se recusava a desaparecer. Como ela pudera se permitir tal deslize? Como pudera trair Jonathan Owens, seu porto seguro, seu companheiro fiel, com alguém que deveria ser apenas uma rival? A culpa a corroía por dentro, misturando-se perigosamente com uma excitação que ela se recusava a admitir.

Biles se deteve diante do rio Sena, suas águas plácidas refletindo o céu que lentamente ganhava vida. Ela se apoiou no parapeito de pedra, tentando organizar o caos de seus pensamentos. De um lado, pesava a culpa esmagadora, um fardo que ela jamais imaginara ter que carregar. Do outro, havia a realidade implacável da competição, o desejo ardente de vencer, de provar mais uma vez ao mundo - e a si mesma - que ela ainda era a melhor, apesar das adversidades, apesar de suas próprias fraquezas.

Mas como conciliar esses dois mundos tão díspares? Como manter a máscara da campeã inabalável que todos esperavam ver, enquanto seu coração estava dilacerado, dividido entre o dever e um desejo que ela mal compreendia? O que estava acontecendo com ela, afinal? Por que Rebeca, dentre todas as pessoas, exercia esse poder magnético sobre ela?

The Rivals (Rebeca Andrade & Simone Biles)Onde histórias criam vida. Descubra agora