15. Good In Goodbye

4.6K 322 571
                                    

Hello everybody! Amores da minha vida que tanto esperaram por essa atualização, aqui estou eu para a felicidade e para a tristeza de todos vocês, amaram? Espero que sim.

Venho dizer que essa atualização foi pensada nos mínimos detalhes e eu quero que apreciem cada palavra, cada momento de tudo isso, porque o que mais me importa é que gostem da obra impecável que "The Rivals" representa no mundo Rebiles.

Outra coisa não menos importante, a soundtrack de "The Rivals" já está disponível no Spotify e quem quiser o link é só me chamar na dm do Twitter que eu envio.

Quero dedicar esse capítulo ao meu squad dos "Rivaizinhos" que tanto me inspiram, dia e noite, noite e dia.

Sem mais atrasos, boa leitura!


----------------


Houston, Texas - EUA
Segunda, 19 de agosto 12:05 PM

O sol escaldante de Houston, implacável e opressivo, parecia zombar cruelmente da tempestade interior que assolava Simone Biles. Os dias que se passaram desde seu retorno de Paris se arrastavam como uma eternidade, cada segundo uma agonia silenciosa. A ginasta se sentia presa em uma bolha temporal, suspensa entre dois mundos incompatíveis, como se estivesse perdida em um limbo emocional que ameaçava engoli-la por completo. As ruas outrora familiares da cidade agora pareciam estranhas e hostis, como se a própria Houston tivesse se transformado durante sua ausência, ou talvez fosse ela quem havia mudado irrevogavelmente.

As medalhas de ouro, que antes representavam o ápice de sua carreira e o símbolo máximo de seu triunfo, agora pesavam como um fardo insuportável. Cada vez que seu olhar caía sobre o metal precioso, Simone sentia uma pontada aguda no peito. Aqueles objetos, antes tão desejados, haviam se tornado uma lembrança constante e dolorosa das emoções conflitantes que trouxera consigo da Cidade Luz. Cada reflexo dourado era como um flash de memória vívido e torturante: o toque suave e eletrizante de Rebeca em sua pele, o som melodioso de seu riso que ecoava em seus sonhos, o calor hipnotizante de seus olhos castanhos sob as luzes cintilantes da Vila Olímpica. Era como se cada medalha contivesse um fragmento daqueles momentos roubados, momentos que Simone sabia que jamais deveria ter vivido, mas que agora não conseguia - e no fundo, não queria - esquecer.

Em casa, o que antes era seu refúgio tornou-se uma prisão de culpa e arrependimento. A rotina que antes trazia conforto e estabilidade agora a sufocava impiedosamente, cada cômodo impregnado de lembranças e promessas não cumpridas. Jonathan, seu marido, movia-se pelo espaço como um fantasma silencioso, sua presença uma constante e dolorosa lembrança da traição que corroía Simone por dentro. Cada gesto de carinho dele, cada sorriso inocente, era como uma faca se torcendo em seu coração. A culpa se misturava com uma saudade lancinante de Rebeca, criando um coquetel tóxico de emoções que ameaçava transbordar a qualquer momento, destruindo tudo em seu caminho.

As noites tornaram-se um tormento interminável. Deitada na cama, com Jonathan dormindo pacificamente ao seu lado, Simone se encontrava presa em um turbilhão de pensamentos e emoções contraditórias. Seu corpo estava em Houston, mas sua mente vagava incessantemente para Paris, para os momentos roubados com Rebeca. Nas horas insones, a estadunidense se pegava revirando o celular nas mãos, o dedo pairando hesitante sobre o nome de Rebeca na lista de contatos. Quantas vezes ela quase apertou "ligar", o coração acelerado com a mera possibilidade de ouvir aquela voz que tanto a encantava? Mas sempre, no último segundo, o peso da realidade a atingia, e ela jogava o aparelho longe, como se ele queimasse, como se o mero toque pudesse tornar real o que ela tanto temia e desejava. A distância entre Houston e Rio de Janeiro nunca pareceu tão vasta e, ao mesmo tempo, tão insignificante. Era como se Rebeca estivesse ao mesmo tempo a um universo de distância e a um simples toque de seus dedos.

The Rivals (Rebeca Andrade & Simone Biles)Onde histórias criam vida. Descubra agora