26. Eyes Don't Lie

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Boa noite, meus amores! Como vocês estão? Espero que bem e, especificamente, com o psicológico preparado, pois vocês irão sofrer. Ou talvez não? Leiam o capítulo, descubram e se deliciem da leitura.

Mais uma vez, gostaria de agradecer a cada um de vocês por acompanharem esta linda estória e poderem compartilhar tudo o que sentem em relação à obra, seja no Wattpad, no Twitter, Bluesky ou em qualquer outra rede social. Saibam que sou muito grata e nada disso seria possível sem vocês.

Peço que deixem o like neste capítulo e comentem muito como em todas as outras vezes. Saber o que vocês estão achando é muito importante!

Sem mais enrolações, boa leitura, bebês!

Rio de Janeiro - Brasil
Domingo, 08 de setembro 12:30 AM

A madrugada de domingo envolvia o Rio de Janeiro em um manto de quietude, pontuado apenas pelos sons distantes da cidade que nunca dorme completamente. Simone e Rebeca caminhavam lado a lado pelas ruas tranquilas da Barra da Tijuca, retornando ao Hotel Windsor após uma tarde que se estendeu até a noite, repleta de risos, música e a descontração contagiante do bar do Zeca Pagodinho. O céu acima delas era uma tela impressionista, pintada com tons profundos de azul-marinho e violeta, salpicado por estrelas que lutavam para brilhar contra a luminosidade urbana. A brisa noturna, carregada com o perfume salgado do oceano próximo, acariciava suas peles, trazendo consigo uma sensação de frescor que contrastava agradavelmente com o calor persistente que havia dominado o dia.

Biles exibia todos os sinais clássicos de embriaguez, mas de uma forma que a tornava ainda mais cativante aos olhos de Rebeca. Seu andar, normalmente preciso e controlado como convém a uma ginasta de classe mundial, agora tinha um balanço suave, quase dançante. Seus olhos, sempre vivos, agora brilhavam com uma intensidade quase febril, refletindo as luzes da cidade como pequenos universos particulares. Um sorriso largo e despreocupado adornava seus lábios, tão genuíno e espontâneo que parecia iluminar todo o seu rosto. Sua mão, livre das inibições habituais, flutuava constantemente próxima ao braço de Rebeca, às vezes roçando levemente a pele da brasileira, enviando arrepios elétricos por todo o seu corpo. Era como se, naquele momento de vulnerabilidade induzida pelo álcool, Simone tivesse esquecido completamente a necessidade de manter as aparências, de esconder o que sentia.

A brasileira, por outro lado, mantinha-se em um estado de alerta constante, seus sentidos estavam aguçados pela responsabilidade que sentia. Seus olhos escuros varriam as ruas ao redor, atentos a qualquer movimento, qualquer sinal de reconhecimento. Ela estava dolorosamente consciente de que agora estavam sozinhas, as outras meninas tinham seguido caminhos diferentes após a 'festa'. A discrição, sempre uma companheira constante em seu relacionamento com Simone, pesava em sua mente. Cada gesto da norte-americana, cada risada alta demais, cada toque quase-acidental fazia seu coração saltar em uma mistura de excitação e apreensão.

Enquanto caminhavam em direção ao hotel, Rebeca não podia deixar de observar Simone com uma mistura de admiração e preocupação. Conhecia bem essa versão de Biles que emergia com o álcool - uma versão livre, despreocupada, quase temerária em sua alegria. Era como se o peso do mundo, os problemas que normalmente a assombravam - o divórcio tumultuado, as pressões constantes, as expectativas esmagadoras - tudo isso se dissipasse no calor da bebida, deixando apenas uma mulher vibrante, cheia de vida e possibilidades. Rebeca adorava ver Simone assim, tão leve, tão genuinamente feliz. Era como vislumbrar uma versão da estadunidense que existia apenas nos momentos mais íntimos entre elas, longe dos olhares do mundo.

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⏰ Última atualização: Oct 13 ⏰

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The Rivals (Rebeca Andrade & Simone Biles)Onde histórias criam vida. Descubra agora