Sua culpa!

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Ponto de vista de Jang Shin Yu

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Ponto de vista de Jang Shin Yu

O som do tiro ainda ecoava em meus ouvidos quando senti braços ao meu redor. Abri os olhos lentamente, com a mente em um turbilhão, e meu coração quase parou ao perceber a verdade diante de mim. Senhorita Nam estava ali, pressionada contra meu corpo, com o sangue dela começando a escorrer e manchar minha camisa.

Ela havia levado o tiro.Mantive meus braços firmes ao redor dela, tentando mantê-la de pé, sentindo o peso de sua vida literalmente em minhas mãos. Mas o homem mascarado ainda estava ali, a arma agora apontada novamente para nós.

Ele tentou atirar de novo, mas por algum milagre, a arma falhou. Ou talvez fosse o destino, dando-me uma última chance de lutar.Aproveitei a abertura.

Soltei  Hong e, com toda a força que ainda tinha, desferi um chute preciso contra a mão do homem, fazendo a arma voar para longe. Sem perder tempo, avancei sobre ele. Estava determinado a não perder dessa vez, a não falhar novamente.

Entramos em uma luta brutal, mas a adrenalina correndo em minhas veias me deu a vantagem. Com um movimento rápido e decidido, joguei-o contra a mesa, nocauteando-o de uma vez por todas.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Corri de volta até Hong, que ainda estava em péssimo estado, seus olhos abertos, mas cada vez mais vidrados. O sangue continuava a jorrar, uma poça se formando ao nosso redor.

Caí de joelhos ao lado dela, desesperado, pressionando minhas mãos contra a ferida para tentar estancar o sangramento, mas parecia inútil.

Minha voz saiu em um grito abafado, chamando por ajuda enquanto lágrimas involuntárias começavam a escorrer pelo meu rosto. Não conseguia acreditar que havia falhado em protegê-la. Mais uma vez, alguém estava sofrendo por minha causa, e a sensação de impotência era esmagadora.

Hong, mesmo na dor, levantou a mão trêmula e a levou ao meu rosto, enxugando uma lágrima que caía. O gesto dela, tão delicado em meio a tanto caos, partiu meu coração. Mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a força dela se esvaiu completamente. Sua mão caiu pesadamente, e vi seus olhos fecharem enquanto ela perdia a consciência, deixando-me ali, desesperado e implorando para que ela ficasse bem. Eu liguei para a emergência o desespero já havia tomado meu corpo, sequer consigo lembrar o que disse ao telefone.

Não demorou muito para que a polícia e a ambulância chegassem, mas um problema que nem sequer percebi, o homem que estava armado já havia fugido em meio às sombras. Apenas outros supostos três criminosos que estavam próximos aos elevadores foram levados para uma das delegacias de Seul para prepararem os documentos de sua prisão em flagrante, mas para dizer a verdade essas informações eu só soube depois naquele momento apenas a vida de Nam Hong Joo passava pela minha cabeça.

Eu e ela fomos levados para a emergência do hospital.

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Era uma noite agitada na ala de emergência. Yoo Mi Ra caminhava pelos corredores, o som das máquinas de monitoramento e o cheiro de desinfetante no ar a mantinham em alerta constante.

Mas, apesar do caos habitual, sua mente não conseguia se afastar da preocupação com Hong.

— Hong não me escuta — pensava, lembrando dos acontecimentos das últimas três semanas, enquanto passava os olhos sobre os prontuários. — Espero que ela fique bem...

O pensamento persistente era uma sombra que a acompanhava por todo o hospital.

De repente, o som das portas de emergência se abrindo apressadamente e o barulho das rodas da maca ecoaram pelos corredores. Mi Ra largou tudo e correu até lá.

A visão que encontrou a deixou atônita: Hyun Seok, coberto de sangue, ao lado da maca, seu rosto uma máscara de desespero. Mas o que realmente fez seu coração parar por um segundo foi ver quem estava deitada na maca. Era Nam Hong Joo.

Sem perder tempo, Mi Ra se juntou aos enfermeiros, ajudando a empurrar a maca em direção à sala de cirurgia. Seu coração martelava em seu peito enquanto os pensamentos corriam soltos.

— Não pode ser... Hong!

O médico plantonista se aproximou, pronto para assumir a cirurgia, mas Mi Ra, com uma fúria rara, o afastou com uma série de palavras que deixaram claro que ela era quem faria o procedimento.

Mi Ra sabia da verdade que ninguém mais podia saber. Hong era diferente. Ela tinha uma supercicatrização que, se descoberta, poderia causar problemas inimagináveis. Era uma responsabilidade que Mi Ra não tomava de ânimo leve.

Dentro da sala de cirurgia, a tensão era palpável. Mi Ra começou a operar, mas algo a fez parar por um instante. Na barriga de Hong, havia uma cicatriz enorme, uma que ela nunca tinha visto antes.

— O que é isso? — perguntou-se, mas não tinha tempo para se deter em detalhes. Ela continuou o procedimento com precisão, sabendo que cada segundo era vital.

Graças aos poderes de Hong, a cirurgia foi mais que um sucesso. Os enfermeiros, perplexos com a rápida recuperação e a falta de complicações, começaram a fazer perguntas, mas Mi Ra, sem hesitar, inventou uma explicação médica que os convenceu, dizendo que, por sorte, a bala não atingiu nenhum órgão vital.

Ela precisava proteger o segredo de Hong a qualquer custo.

Ao sair da sala de cirurgia, o peso do que acabara de acontecer finalmente a atingiu. Caminhou pelo corredor até ver Hyun Seok sentado em uma cadeira, com o rosto enterrado nas mãos e os cotovelos apoiados nas pernas. Ele parecia um homem destroçado, a culpa e a preocupação evidentes em cada linha de seu corpo. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, a evidência de lágrimas que ele provavelmente tentou conter, mas que acabaram escapando.

Quando ele a viu, levantou-se num salto, correndo até ela. Agarrou seus braços com força, o desespero estampado em seu rosto enquanto perguntava:

— Ela está bem? Por favor, diga que ela vai ficar bem!

Mi Ra sentiu a raiva borbulhar dentro dela, a vontade de gritar com ele por colocar sua amiga em risco era quase incontrolável. Mas ela sabia que não era o momento.

Em vez disso, respirou fundo e, com a voz calma, disse:

— A cirurgia correu bem. Agora, só precisamos esperar pela recuperação. Vai ficar tudo bem.

As palavras pareceram aliviar um pouco a tensão em Hyun Seok, mas Mi Ra sabia que, apesar de tudo, a preocupação ainda o corroía por dentro. E, no fundo, ela também sabia que o perigo não havia passado.

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