Nam Hong Joo

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Eu estava discutindo com Hyun Seok, como de costume, sobre um projeto que ele insistia em aprovar de uma forma que eu considerava equivocada. Nossas brigas diárias tinham se tornado quase uma tradição, mas ultimamente, algo parecia diferente. Seu comportamento estava estranho, mais tenso e distante.

— Ele não cede como antes, odeio admitir isso, mas ultimamente tenho o achado insuportável. Antes ele ao menos ouvia o que eu tinha a dizer, agora ele apenas rebate meus argumentos — pensei.

Porém, hoje, no meio da discussão, percebi algo preocupante. Hyun Seok estava perdendo as forças, seu rosto se tornando pálido de repente. Antes que ele caísse, corri para ampará-lo. Ele não era o tipo de pessoa que demonstrava fraqueza, e vê-lo assim acendeu um alerta dentro de mim.

Ajudei-o a se deitar no sofá, tentando manter a calma.

— Vou chamar uma ambulância — eu disse, pegando meu celular. Sabia que algo estava muito errado, e a única coisa que podia pensar era em garantir que ele recebesse o tratamento necessário.

— Não — ele sussurrou, com uma voz trêmula, mas insistente. Ele estendeu a mão, me impedindo de continuar. Quando olhei para seus olhos, vi uma súplica que não esperava encontrar ali. Seus olhos, normalmente tão resolutos, agora estavam cheios de uma urgência silenciosa, pareciam até mesmo... os olhos de outra pessoa.

Por um instante, a irritação tomou conta de mim. Como ele podia recusar ajuda em uma situação dessas?

Minha frustração aumentou ao pensar em como ele sempre foi teimoso. Mas, quando vi o desespero em seu olhar, algo em mim cedeu. Havia algo mais profundo ali, algo que ele estava tentando esconder.

Guardei o celular, ainda contrariada. E, em seguida, apertei a área próxima ao polegar em sua mão, tentando aliviar a dor que ele estava sentindo. Mas ao fazer isso, percebi que ele estava olhando fixamente para mim, o coração dele começou a bater rápido. Achei que ele estivesse com raiva, talvez pela nossa discussão, mas algo não parecia certo.

Ele não estava apenas doente. Algo mais estava errado, e eu não podia deixar de me preocupar. Mesmo que ele estivesse tentando manter o controle, o Hyun Seok que eu conhecia não era como o homem que eu acabara de ajudar, algo havia mudado nele.

Então parei de apertar, mas permaneci segurando sua mão e, em seguida, a soltei devagar. Levantei-me para sair e disse a ele para dormir, mas não parecia que estava me ouvindo.

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