IX.

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˚ 𝖋útil ‧₊
📕 𝒘ritten 𝒃y 𝒊sakjzha
﹙𝑐hɑpter ٫ O9﹚

Eu e Richard estávamos no meu quarto, na casa da minha mãe,A luz suave do fim da tarde entrava pela janela, criando um ambiente aconchegante. Ele estava mexendo na minha penteadeira, fuçando entre os produtos de maquiagem e as lembranças que eu tinha guardado ali. Enquanto isso, eu estava distraída com o celular, rolando pelo TikTok e rindo de alguns vídeos. De repente, vi alguns edits dele que me fizeram sorrir e não resisti e republiquei.

— Tai? — ele chamou, quebrando meu foco.

Olhei para ele, curiosa.

— Oi?

Ele se virou para mim com uma expressão séria que me fez levantar uma sobrancelha.

— Posso te engravidar?

Meus olhos se arregalaram instantaneamente. A pergunta dele me pegou de surpresa. Comecei a tossir.

— Eu não.

— Por que? — ele insistiu, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

— Não quero ter filhos por agora — respondi rapidamente, tentando manter a calma.

Ele fez uma pausa, seu olhar intenso fixo em mim.

— Mas eu quero.

Revirei os olhos, tentando desviar da conversa. Era surreal pensar nisso naquele momento.

— A gente nem namora — protestei, como se essa fosse a resposta definitiva.

Ele sorriu, confiante.

— Namoramos sim.

Eu não consegui conter um suspiro exasperado. Richard sempre tinha essa maneira de transformar tudo em uma brincadeira.

— Eu tenho Diu, não tem como eu engravidar — expliquei, tentando encerrar o assunto de uma vez por todas.

Ele deu uma risadinha, mas percebi que a ideia ainda o intrigava. O clima no quarto mudou; a leveza dos Tik Toks e das risadas se dissipou um pouco e deu lugar a uma conversa mais profunda e estranha ao mesmo tempo.

Era difícil acreditar que estávamos discutindo esse tipo de coisa. Eu ainda estava naquela fase da vida em que queria aproveitar cada momento, viver as pequenas aventuras e descobrir quem eu realmente era. Filhos? Isso parecia tão distante... e tão complicado!

Eu realmente queria ser mãe, mas nos conhecemos a pouco tempo. Só estamos se falando por causa do contrato, de não fosse por isso a gente nem se falava.

Richard se aproximou um pouco mais e me olhou nos olhos, como se quisesse entender meus sentimentos mais profundos.

— Vamos deixar isso para depois? — pedi, tentando mudar o rumo da conversa novamente.

Ele assentiu com um sorriso travesso no rosto, mas eu sabia que essa conversa ainda não havia terminado por completo. E talvez isso fosse parte do charme dele: sempre me surpreender com seus pensamentos inesperados e suas provocações divertidas.

𝐅Ú𝐓𝐈𝐋, 𝚁𝚒𝚌𝚑𝚊𝚛𝚍 𝚛𝚒𝚘𝚜 ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora