capítulo 10

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**Capítulo 10: Conflito e Compreensão**

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O sol ainda estava baixo no horizonte quando Alice, a imponente Canção da Morte, se levantou para iniciar sua rotina matinal. O céu estava tingido de tons de laranja e rosa, refletindo a luz suave sobre o arquipélago. Com suas escamas brilhando em laranja dourado e amarelo, e detalhes azuis reluzindo ao sol nascente, Alice se preparou para sua caçada diária. Sua fome era constante, e hoje ela havia capturado um dragão médio, envolvido em um casulo âmbar, pronto para ser consumido.

Enquanto Alice se aproximava de sua presa, ouvindo o zumbido característico de sua própria canção, um estrondo repentino a fez parar. Um tiro de plasma a atingiu, fazendo-a soltar um rugido de dor e confusão. A fonte do ataque rapidamente se revelou: Soluço montado em Banguela, que voava baixo em direção a ela.

"Pare, Alice!" Soluço gritou, sua voz carregada de urgência. "Não ataque esse dragão!"

Alice, confusa e irritada, olhou para Soluço e Banguela. A ordem que lhe foi dada parecia não fazer sentido. Ela estava faminta e seus instintos estavam em alta, e o desejo de saciar sua fome era forte. Ela ignorou as palavras de Soluço e continuou a se aproximar do dragão capturado.

Soluço sabia que precisava agir rápido. Com um comando de Banguela, ele começou a atacar Alice com tiros de plasma, tentando forçá-la a se afastar de sua presa. O céu se encheu de luzes brilhantes e explosões quando Banguela disparava contra Alice. O Canção da Morte, embora impressionante e poderoso, não estava preparado para o ataque concentrado de um Fúria da Noite.

A luta rapidamente atraiu a atenção dos outros cavaleiros de dragões. Perna-de-Peixe, Cabeça-quente, Cabeça-dura e os outros chegaram ao local, observando a batalha com preocupação e surpresa. O caos e a confusão aumentavam à medida que Alice lutava contra os ataques de Banguela e os outros cavaleiros.

Astrid, que estava preparando-se para um novo dia, ouviu o tumulto e saiu da caverna para investigar. Quando ela viu a cena, seu coração disparou. Ela sabia que Alice estava apenas seguindo seus instintos, mas também entendia a necessidade de encontrar um meio-termo.

"Alice, pare!" Astrid gritou, tentando ser ouvida sobre o barulho da batalha. "Ela está apenas com fome! Não podemos simplesmente atacá-la!"

Os cavaleiros de dragões, ainda céticos, hesitaram por um momento, observando Astrid se aproximar. Soluço parecia indeciso, sua preocupação evidente. Ele parou o ataque e olhou para Astrid, esperando uma explicação.

Astrid correu até Alice, sua voz cheia de determinação e compaixão. "Alice não é uma ameaça para nós. Ela está apenas tentando sobreviver. Se a atacarmos, estaremos apenas piorando a situação."

Soluço ainda estava preocupado, mas a sinceridade na voz de Astrid fez com que ele reconsiderasse. "Mas ela está matando outros dragões, Astrid. Isso não é certo."

Astrid se aproximou de Alice, que estava ofegante, seu corpo coberto de ferimentos menores. "Alice, por favor, ouça-me. Esses dragões que você caça são importantes para nós também. Devemos encontrar outra maneira de lidar com sua fome."

Alice, ainda irritada e confusa, olhou para Astrid com seus olhos brilhantes e preocupados. O olhar de Astrid parecia penetrar através da raiva e confusão de Alice, transmitindo um sentimento de compreensão e apoio.

Soluço e os outros cavaleiros se aproximaram lentamente, observando a interação. Perna-de-Peixe e Cabeça-quente, que estavam inicialmente prontos para atacar, estavam agora mais calmos e observavam a cena com mais atenção.

Finalmente, Alice inclinou a cabeça para Astrid, seu ronronar suave mostrando um vislumbre de aceitação. Ela começou a recuar lentamente, afastando-se do dragão capturado e dos cavaleiros.

"Vou tentar entender o que vocês estão dizendo," Alice murmurou com um rugido baixo. Ela olhou para Soluço e os outros cavaleiros com uma mistura de relutância e resignação. "Mas preciso de ajuda para controlar meus instintos."

Soluço, ainda cauteloso, assentiu. "Vamos trabalhar nisso, Alice. Precisamos encontrar uma solução que funcione para todos nós."

Astrid se aproximou e começou a acariciar Alice com cuidado, seus toques suaves ajudando a acalmar o dragão. "Obrigado por me dar uma chance, Alice," ela disse em voz baixa. "Vou ajudar você a encontrar uma maneira melhor."

Os cavaleiros se reuniram, discutindo a situação e explorando soluções para garantir que a fome de Alice fosse satisfeita de maneira que não afetasse negativamente outros dragões. Eles decidiram criar um plano que envolvesse capturas controladas e a busca de fontes alternativas de alimento.

Enquanto o grupo trabalhava na solução, Astrid e Alice formaram uma nova conexão. Astrid sentiu uma profunda gratidão por Alice, que havia mostrado uma vontade de mudar, e Alice reconheceu a importância de encontrar um equilíbrio.

O dia avançou, e a tensão no ar começou a se dissipar. O grupo estava unido novamente, com um novo entendimento e uma nova dinâmica entre eles. Alice, com a ajuda de Astrid e dos cavaleiros, estava prestes a aprender a viver em harmonia com seus novos amigos e com a missão que havia aceitado.

E assim, com uma nova jornada à frente, o grupo continuou, mais forte e mais unido do que nunca, pronto para enfrentar qualquer desafio que o futuro lhes reservasse.

COMO UM CANÇÃO DA MORTE EM, COMO TREINAR SEU DRAGÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora