**Capítulo 1: O Nascimento do Canção da Morte**
---
Alice despertou com um sobressalto, um sentimento de desconforto a envolvendo. Havia uma sensação de frieza e opressão ao seu redor, um vazio profundo que parecia engolir qualquer noção de familiaridade. Ao abrir os olhos, ela percebeu que estava em um vasto espaço subterrâneo, uma caverna imensa e sombria que parecia se estender sem fim.
Ela tentou se mover, mas algo estava diferente. Seu corpo não era mais o mesmo. Ao olhar para baixo, viu um dragão imenso coberto por escamas brilhantes em tons de azul, amarelo e laranja. Suas asas se assemelhavam às de um intimidativo, imensas e poderosas, enquanto sua cabeça lembrava a de um Escalderível, com uma mandíbula robusta e olhos penetrantes. A cauda, longa e espinhosa, tinha a aparência de um Pesadelo Monstruoso, e o corpo fino, mas musculoso, se assemelhava a um Machadão.
Alice tentou processar o que estava acontecendo. Sua forma era estranha e imponente, e o reflexo em uma poça d'água no chão mostrava um dragão com espinhos que se estendiam ao longo das costas, semelhantes aos de um Corta-Tempestades. Sua própria existência parecia surreal, uma transformação inexplicável após a morte.
Ela tentou se lembrar de sua vida anterior, das memórias que agora pareciam tão distantes. Mas, enquanto tentava entender, um som inesperado chamou sua atenção — uma melodia hipnótica que parecia surgir de dentro dela. Era o canto de uma sirene, emitido por suas próprias vértebras extra cervical. Esse canto tinha a capacidade de atrair presas, um traço característico dos Canções da Morte. Alice podia sentir o poder dessa habilidade, um instinto primitivo e profundo que a guiava.
Com o canto, um novo poder se revelava. Alice percebeu que podia projetar essa melodia para alvos a até uma milha de distância, e a sensação de controlar esse poder era ao mesmo tempo empoderadora e assustadora. Ela experimentou, emitindo um som baixo e melodioso que reverberava pela caverna, observando a forma como a atmosfera ao seu redor reagia.
Ela avançou pela caverna, suas garras afiadas fazendo marcas profundas no chão rochoso. Sua nova forma tinha um controle surpreendente sobre sua força. Sentiu a presença de algo mais — outras criaturas, outras forças que, como ela, estavam destinadas a desempenhar um papel significativo neste mundo.
Alice se deparou com uma área iluminada por uma luz tênue, onde um casulo âmbar brilhava. Ao tocar a substância, percebeu que era um dos efeitos de suas habilidades. Após atacar uma presa, ela podia cobri-la com uma substância líquida amarela que endurecia em um casulo forte como âmbar. Essa substância era quase impenetrável, e Alice entendia que sua próxima etapa seria usar esse poder para caçar e consumir. A ideia de consumir outra criatura, como um Gronckle, estava em sua mente, um vislumbre do poder que ela poderia alcançar.
Explorando mais, Alice percebeu que suas habilidades não se limitavam apenas à caça. Sua força física era impressionante; ela podia levantar e mover grandes rochas com a mesma facilidade com que levantava presas de tamanho médio. Havia uma força bruta em suas mandíbulas e cauda, demonstrada quando ela facilmente balançou uma rocha do tamanho de uma montanha, uma demonstração clara de seu poder.
A solidão da caverna parecia ser a única companhia de Alice, e o ambiente vasto e inexplorado era ao mesmo tempo fascinante e ameaçador. Ela sabia que precisava entender mais sobre sua nova forma e suas habilidades. O sentimento de ser um Canção da Morte, abandonado e poderoso, era esmagador, mas havia também uma centelha de determinação.
Sem um guia ou mentor, Alice estava sozinha em sua jornada para entender seu novo papel e propósito. A sensação de abandono era palpável, uma lembrança constante de sua origem e do motivo de sua transformação. Mas ela tinha uma chance de reescrever sua história, de encontrar um novo significado e talvez um propósito em seu novo estado.
Alice deu um passo firme em direção à profundidade da caverna, decidida a explorar cada canto e a descobrir mais sobre o mundo que agora era seu lar. Sua jornada estava apenas começando, e a imensidão da caverna refletia a vastidão do caminho que ela tinha pela frente. A solidão não era mais um obstáculo, mas um convite para a autoexploração e para a descoberta do verdadeiro poder de um Canção da Morte.
Com uma última olhada para o que deixava para trás, Alice avançou, pronta para enfrentar o desconhecido e descobrir o destino que a esperava neste novo mundo.