capítulo 19

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**Capítulo 19: O Encontro com a Melodia**

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A noite na ilha estava tranquila, com a lua cheia lançando uma luz suave sobre a paisagem. A serenidade do ambiente contrastava com o tumulto interno de Astrid, que havia decidido voltar à ilha para procurar Alice. A missão parecia desafiadora, mas a determinação de encontrar a amiga e garantir sua segurança era mais forte do que qualquer obstáculo.

Após a destruição dos navios dos caçadores de dragões, Astrid e Tempestade exploraram cada canto da ilha. Elas já haviam percorrido boa parte da superfície sem sucesso, e a esperança começava a diminuir quando Astrid percebeu uma pequena entrada oculta nas rochas. A abertura parecia quase invisível, mas algo na sua intuição a levou a investigá-la. Com um suspiro de determinação, Astrid e Tempestade se aproximaram e adentraram na pequena entrada.

A entrada se revelou uma passagem sinuosa e estreita que levava a uma caverna escondida. A caverna era surpreendentemente diferente do que Astrid esperava. Em vez de um ambiente bruto e inóspito, a área era cuidadosamente decorada com madeira polida e pedras naturais. O espaço tinha uma sensação de calor e aconchego, algo que parecia fora do comum para um esconderijo em uma ilha desabitada.

As paredes da caverna estavam adornadas com tapestries feitos de escamas de dragão e peles de animais, e a iluminação suave vinha de pequenas lanternas de cristal que espalhavam uma luz dourada e quente. Em um canto, Astrid encontrou um violino elegantemente posicionado em um suporte, e ao lado, havia um conjunto de instrumentos musicais variados, incluindo uma lira e um violão, todos meticulosamente cuidados.

Enquanto Astrid explorava o espaço, ela foi atraída por uma melodia que parecia flutuar através do ar. O som era suave e envolvente, e a voz que acompanhava o violino tinha uma qualidade que tocava profundamente. Intrigada, Astrid seguiu o som e entrou em uma área mais íntima da caverna.

A jovem que tocava o violino estava de costas para Astrid, completamente absorta na música que estava criando. O violino em suas mãos parecia dançar no ritmo da melodia, e a música preenchia o espaço com uma sensação de beleza e melancolia. Astrid ficou hipnotizada pela cena: o jeito como a jovem tocava e cantava parecia quase mágico, uma expressão pura de emoção.

O refrão da música que a jovem estava cantando era “Lovely,” e o som da voz misturava-se com a melodia do violino, criando um efeito quase etéreo. Astrid estava tão absorvida pela música que não percebeu imediatamente a semelhança impressionante entre a jovem e ela mesma, exceto pelos olhos, que eram de um tom âmbar dourado distinto.

O refrão da música, repetido com uma intensidade que parecia emocionar o próprio espaço, era:

*“Oh, I hope someday I'll make it out of here,* 
*Even if it takes all night or a hundred years,* 
*Need a place to hide, but I can't find one near,* 
*Wanna feel alive, outside I can't fight my fear.”*

Cada nota e cada palavra pareciam contar uma história de luta e esperança, e Astrid sentiu uma conexão profunda com a música, como se ela estivesse falando diretamente com seu próprio coração. Ela se aproximou devagar, com uma sensação de reverência, enquanto o som continuava a encher a caverna.

Finalmente, a jovem parou de tocar e começou a mexer nas cordas do violino, os olhos fechados enquanto se perdia na melodia. Astrid, ainda em silêncio, observava com uma mistura de fascínio e uma crescente sensação de reconhecimento. Quando a jovem virou ligeiramente para o lado, a luz da lua refletiu em seu rosto, revelando traços que eram inconfundivelmente semelhantes aos de Astrid, exceto pelos olhos âmbar dourado.

Com um sentimento crescente de realização e um choque suave, Astrid deu um passo à frente, sem querer interromper a magia do momento. Ela estava prestes a chamar a jovem quando a garota se virou completamente, revelando um olhar de surpresa e reconhecimento. Os olhos âmbar brilhavam com uma intensidade que se misturava com a luz da lua, e por um momento, o mundo pareceu parar para Astrid.

Ela se aproximou com cautela, o coração acelerado, e a jovem, que era na verdade Alice, observou com um olhar que misturava surpresa e alívio. Alice, com lágrimas nos olhos e uma expressão de vulnerabilidade, deixou o violino de lado e se levantou lentamente, como se estivesse tentando processar a presença de Astrid.

Astrid, emocionada e com o coração cheio de esperança, estendeu a mão em um gesto de amizade. As palavras que estavam prestes a ser ditas foram substituídas por um abraço silencioso, um gesto que falava mais do que qualquer palavra poderia expressar. A música havia criado uma ponte entre suas almas, e agora, finalmente, elas estavam reunidas novamente.

A caverna, que havia sido o refúgio de Alice, agora se tornava o palco de um reencontro emocionante, onde a música e a amizade se entrelaçavam para criar um novo começo.

COMO UM CANÇÃO DA MORTE EM, COMO TREINAR SEU DRAGÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora