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⚠️*AVISO* ⚠️

Esse capitulo terá conteúdo sensível como pauta, talvez isso mexa com algumas pessoas. Mas garanto que será apenas esse e mais nenhum.

Boa leitura.

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Alicia estava no seu segundo dia em Roma, havia coronéis de muitos lugares da Europa e também havia feito uma nova amiga: Coronel Andressa, da unidade de Barcelona.
Andressa era uma coronel muito alegre e boazinha, estava no quarto ao lado no mesmo hotel que a ruiva, então não se separavam em nenhum minuto, até porque eram uma das poucas que falavam espanhol ali.

Sierra tinha acabado de finalizar uma ligação com a família quando se arrumou para uma confraternização que resolveram fazer em um bar ali perto. Quando ficou pronta, foi até o quarto de Andressa para que pudessem chegar lá juntas. Alicia vestia um vestido na altura do joelho e da cor fuxia, já Andressa estava com um vestido um pouco mais longo e azul.
Chegando lá, elas falaram um pouco com todos os coronéis e pararam onde os espanhóis estavam. Era um grupo com 6 coronéis, contando com Alicia e Andressa. O coronel Peter demonstrou bastante interesse em Alicia e ela percebeu isso, mas não entrava no jogo dele, apenas conversava de forma amigável. Conseguiu descobrir que ele era da unidade de Bilbao, que era casado a 20 ano e tinha uma filha pequena. Alicia também o disse que era casada e tinha duas filhas.
Depois de uns minutos, as doses de bebidas começaram a chegar e Alicia e Andressa riam conforme iam ficando um pouco alteradas.
Peter resolveu pagar uma rodada de gin para todos os espanhóis da roda e então a festança entre eles começou oficialmente. Porém, depois de alguns minutos Alicia estava ficando sonolenta, o que fez estranhar a sua nova amiga, que sabia que Alicia era forte para bebida.

And: Ali, está tudo bem?

A: Uhum. — assente e fecha os olhos rapidamente — Só... me deu sono. — suspira e Andressa a observa por uns segundos.

And: Quando quiser ir embora, me avisa. Ta bom? — a ruiva assente.

A conversa continuou andando e Alicia de fato começou a se sentir um pouco mal, mas nem conseguia raciocinar muita coisa, e em um momento em que Andressa se levantou para ir ao banheiro, Peter apoiou a mão nas costas da Alicia e a chamou.

P: Quer ir embora? — Alicia apenas assente com a cabeça e ele a ajuda a levantar, avisando o pessoal que ia a levar embora para o hotel, logo saindo do bar e indo para o estacionamento — Vamos para o carro. — fala olhando a ruiva, que apoiava nele. Peter passou pelo carro do hotel de Alicia e foi para o seu proprio carro, que havia alugado ontem.

A: Não... — diz baixinho — Não é esse carro. — diz parando na porta e tentando se virar para sair de lá, mas ele o segurou e a empurrou para dentro do carro.

Em quanto isso, dentro do bar Andressa voltou do banheiro e buscou por Alicia, mas não a viu em nenhum lugar.

And: Vocês sabem onde está Alicia?

X: O Peter disse que iria leva-la embora.

And: Não, Alicia ia embora comigo. O motorista do hotel disse que não ia sair sem nós duas e ela não estava bem. — se preocupa — Me ajudem a encontra-la, por favor. — os coronéis assentem e se levantam para buscar por Alicia. Andressa tentou ligar para a ruiva, mas só chamava e não atendia.

No carro, Alicia se debatia com o coronel, que estava por cima dela e subia o vestido da mesma, que começou a se desesperar por faltar força, pensava nas filhas e no German, em como precisava voltar bem para casa e poder passar mais tempo com os três. Sentia o homem apalpando os seios e segurando os braços dela, estava imóvel e não conseguia fazer nada além de chorar e pedir para que ele parasse, mas isso só o estimulou o mesmo a desabotoar as calças e forçar mais a abertura das pernas dela, o que a fez gritar por ajuda.

Andressa andava pelo estacionamento, quando os coronéis avistou um movimento em um dos carros.

X: Acho que eles estão é aproveitando. — todos riem, mas logo as risadas pararam ao escutarem gritos, correndo imediatamente em direção ao carro.

A: PARA! ALGUEM ME AJUDA! — Peter dá um tapa no rosto dela para que ficasse quieta, e quando iria penetra-la, um dos coronéis o arrancou de cima da ruiva, que se veste rapidamente e abre a outra porta do carro, saindo de dentro do carro e andando em direção ao carro do hotel enquanto chorava.

And: Ali! — a segura e abraça a amiga — Tudo bem? Joder, como fiquei com medo. Eu sinto muito! — acaricia o cabelo da ruiva que se afasta e a olha.

A: Eu quero ir embora. — Andressa assente — Eu quero ir para a minha casa.

And: Vou solicitar o jatinho da polícia, vai ser mais fácil e rápido para ir embora depois de hoje. — olha para trás e consegue ver os coronéis segurando Peter até que a polícia chegasse. Dessa vez sabia que para o coronel seria difícil se safar, havia sido pego em flagrante e ainda agindo contra a coronel mais renomada da Espanha.

Ambas foram para o hotel, arrumaram as coisas e foram pegar o jatinho, que a estavam esperando no terraço. Andressa resolveu acompanhar a amiga até a casa, já que morava na Espanha também.
Quando já estava no avião, Alicia ligou para German.

- LIGAÇÃO ON -

G: Oi, meu amor.

A: Estou indo embora, cariño. — diz um pouco aflita, mas tenta disfarçar.

G: Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

A: Depois conversamos. Te amo.

- LIGAÇÃO OFF -

Depois de algumas horas, Alicia chegou finalmente em Madri. Era de madrugada e ela foi embora com um taxi para casa. Agradeceu muitas vezes Andressa e finalmente pode chegar em casa.
Ao abrir o portão, German a escutou e desceu a seu encontro em silencio. As filhas estavam dormindo e resolveu não acorda-las.

G: Oi, mi vida. — diz baixinho e acende a luz, vendo a ruiva sorrir sem mostrar os dentes — Tudo bem?

A: Sim, amor.

G: Amor, não mente para mim. Você estava chorando, dá pra ver. — ela suspira e leva a mão no rosto logo em seguida, caindo no choro de novo e assustando o marido, que a abraça e logo anda com ela até o quarto do casal, onde eles deitaram e Alicia se acalmou, não falavam nada, German também não queria que ela falasse sem se sentir a vontade, por mais que nem soubesse o que tinha acontecido. Eles apenas ficaram trocando caricias por uns minutos.

A: Eu quase fui estuprada no estacionamento. — diz baixinho e German arregalou os olhos, ele ia se sentar, mas Alicia o forçou para baixo de novo — Não levanta, por favor. Não quero que me veja agora.

G: Tudo bem... — fica em silêncio — Mas... fizeram o que? Quem foi o filho da puta? — estava se concentrando o máximo que pode, sentia a raiva se apoderar dele.

A: O coronel de Bilbao. — diz rapidamente — Foi tudo tão confuso, de repente eu fiquei com muito sono, mal conseguia andar e ele me disse que me ajudaria a ir embora, mas não me levou para o carro certo e quando tentei sair, ele me prendeu... — faz uma pausa — Me apalpou e bem quando ele iria tentar entra, tiraram ele de mim e... eu não sei, eu não fico assim tão fácil mas eu estive com o meu copo o tempo inteiro, fiquei com tanto medo, estou com tanto medo, assustada. Só quis vir embora.

G: Eu vou matar esse filho da puta.

A: Ele já foi detido.

G: Vou fazer questão de que os detentos saibam porque foi preso. Estuprador não dura na cadeia e ele sendo coronel durará menos ainda. — abraça a esposa e a acaricia — Sinto muito por não poder estar lá pra você. — ela se vira de frente para ele e o beija.

A: Eu te amo muito, obrigada por tudo. — o abraça novamente e eles ficam assim até pegarem no sono.

LA OTRA MITADOnde histórias criam vida. Descubra agora