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German estava dormindo profundamente no sofá da sala, quando acorda com Victoria jogando as almofadas nele.

V: O que você fez para a minha mãe para ter dormido no sofá?

G: Disse que não a amaria se ela fosse uma barata. Fala sério! — Victoria gargalha — E ela depois do nada e disse "se você rir, você namora uma vagabunda" e começou a me fazer cócegas. Me diz, como eu não vou rir? — diz incrédulo.

V: Ai, pai, você está a mil anos com a mami e não entende que ela na TPM é impossível. Você só tem que falar que amaria ela de qualquer jeito! Homens... — bufa — Luiza quer ir ao parque, vou levar ela e você aproveita para fazer as pazes com ela. E lembra que ela está bipolar, mas quando menstruar passa.

G: Tudo bem, fica atenta no celular. — se senta e observa as filhas saírem de casa.

Depois de um tempo, German subiu para o quarto, abrindo com cuidado e fechando as cortinas, deixando o ambiente todo escuro novamente e se deitando ao lado dela, havia dormido muito mal.

A: Desencosta da cama, German. — fala ainda brava.

G: Deixa eu ficar aqui, por favor.

A: Não.

G: Mas eu estou cansado.

A: Eu disse não! — German respirou fundo e se levantou, pegando apenas um travesseiro e deitando no chão, depois de uns minutos Alicia engatinhou até a beirada da cama e o viu dormindo, o que aguou seus olhos e a mesma começou a chorar que nem uma criança, o chamando para deitar na cama — Me desculpa! — o observa se ajeitando na cama e logo o mesmo deita e ela achava que o moreno estava bravo, mas ele abriu os braços para ela deitar com ele, o que fez sem pensar muito.

G: Te amo e sempre te amarei de qualquer forma. — disse antes de dormir e capotar, Alicia sentiu pena do marido e chorou mais um pouco em silencio, o abraçando forte e dando caricias até que ele acordasse, o que levou uma hora e pouco, até as filhas ja estavam em casa de novo.

A: Bom dia? — diz baixinho e analisando o humor do marido com ela.

G: Buenos diar, mi vida. — sorri sem mostrar os dentes e eles selam os lábios.

A: Você está bravo?

G: Não, claro que não. — ela sorri e o abraça de novo — Está com fome?

A: Um pouco. Vamos comer?

G: Uhum.

Enquanto o casal comia, Victoria apareceu na cozinha e se sentou com eles.

V: Fizeram as pazes?

A: Sim, Vic.

V: O Lucca foi no parque.

A: Quem?

V: Meu melhor amigo. — o casal a olha atentos.

A: Ah é? E como foi?

V: Pediu para namorar comigo. — os dois ficam paralisados, esperando ela falar mais alguma coisa — Eu meio que aceitei.

A: Dios. — se levanta para beber água, Victoria tentou entender se isso foi bom ou ruim.

G: Parabens, filha. — sorri — Só toma cuidado, ta?

A: Pelo amor de Deus, não engravida.

V: Mãe!

A: Só estou falando.

G: Podemos conhecer ele?

V: Sim, mas vou falar com ele primeiro, calma. É muito recente.

G: Estaremos aqui para você.

A: Mas é sério, toma cuidado. Não com questão sexual, mas emocional também. Não se perca de você mesma.

V: Amo vocês.

A: Te amamos mais. — estende a mão e a filha a segura.

Os três escutaram um barulho de algo caindo e depois o choro de Luiza, que foi chorando até a cozinha.

L: Papi! — disse enquanto chorava e ia para os braços do pai e coçava os olhinhos.

G: Que pasa, peque? — enxuga as lágrimas da filha e quanto a mesma esticou uma das mãos para o moreno, que viu o ferrão de uma abelha entre um dos dedos da filha — O bichinho te picou?

L: A abelhinha estava de ponta cabeça, eu quis ajudar ela. — diz ainda chorando.

G: Calma, não precisa chorar. Vamos tirar isso aqui. — puxa o ferrão com cautela e enrola num papel para jogar fora, depois deixa um beijo no local e massageia, sorrindo para a morena, que se acalmou um pouco — Pronto? — ela assente e pede colo ao pai, que a coloca sentada em suas pernas — As abelhas tem esse ferrão, que machuca a gente. Não podemos encostar nelas. Ta bom?

L: Gracias, papi.

V: Lu, por que não mostra para os papis o que aprendeu?

A: Você aprendeu uma coisa nova, filha? — diz sorridente e olhando a caçula, que assente e se levanta.

L: Sim! Ja venho. — sai correndo e logo volta com um papel e uma caneta.

Luiza se sentou no chão e começou a fazer o que havia aprendido, depois de um tempinho com dificuldade, ela se levantou e mostrou para os pais, estava escrito o nome de todos da familia Mendez.

G: Você aprendeu a escrever? Que linda!

L: A minha irmã que ensinou. — sorri para Victoria e entrega o papel para Alicia.

A: Muito bem, pequena!

L: Posso assistir desenho?

A: Pode, mas abaixa o volume. — Luiza sai da cozinha e vai em direção a sala para assistir.

G: Obrigada por ensinar, filhona.

V: De nada.

G: Você é uma irmã incrível.

V: Eu sou incrível em tudo que eu faço. — se gaba e todos riem — Vou assistir série. — se levanta e vai para o quarto, deixando Alicia e German sozinhos novamente.

A: Vamos assistir série também?

G: Vamos!

LA OTRA MITADOnde histórias criam vida. Descubra agora