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Quando a equipe chegou no shopping, German Mendez orientou a mais da metade dos seus homens para que ficassem no lado de fora do shopping, terraços e alguns pontos estratégicos dentro do próprio estabelecimento, apenas poucos entrariam dentro da loja junto com a inspetora Sierra, que estava muito tranquila e respirando fundo para que ficasse 100% preparada para o diálogo com o criminoso.

G: Tudo bem? Podemos entrar? — disse colocando a mão no ombro da ruiva, que olhou pra ele e sorriu sem mostrar os dentes.

A: Sim, só estava me preparando. — respondeu e German assentiu, logo preparando os seus homens e assumindo uma postura mais séria, o que deixava a Alicia um pouco excitada, já que com ela normalmente ele agia de forma mais tranquila e amigável.

Assim que todos assumiram seus postos, Alicia foi a primeira a entrar na loja e se deparou com clientes e atendentes ajoelhados com medo, alguns até choravam.

A: Olá! Sou Alicia Sierra, a inspetora responsável pela sua negociação. — diz passando pelos reféns e puxando uma cadeira para se sentar em frente ao criminoso — Quem é você?

J: Jorge. — responde seco — Eu espero muito que você não tente me enrolar, inspetora. Se não, quem paga é ela. — diz puxando a filha do primeiro-ministro e colocando uma arma na cabeça da garota.

A: Primeiramente, abaixe a arma. Vamos negociar e colaborar. Porque pense, Jorge, se você fizer alguma besteira, além do seu irmão não sair, você será preso. Na verdade, talvez você possa ser preso de qualquer forma, mas poderemos deixar com que você cumpra a sua pena fora da prisão, o que acha? — Jorge olhou fixamente pra ela, como se fosse o que ele mais desejasse — Solte os reféns, isso é entre a gente.

J: Você tem que me garantir que não vou cumprir na prisão. — diz apertando mais a menina.

A: Eu garanto isso. — diz com seriedade — Vamos, solte os reféns.

O criminoso hesita um pouco, mas finalmente cede e os policiais ajudam a tirar todos em segurança, menos Carlota, o que faz com que Alicia suspire fundo.

J: Não pensou que eu entregaria a minha galinha dos ovos de ouro, pensou, inspetora Sierra? — diz com um sorriso irônico — Senta, garota! — diz empurrando a jovem, que se sentou rápido e assustada — Meu irmão foi preso injustamente!

A: Injustamente não é a palavra, Jorge. — responde tranquilamente.

J: É sim! — aumenta o tom de voz e aponta arma para a ruiva, o que fez com que os demais policiais apontassem as armas para ele.

A: Abaixem as armas rapazes. — fica um pouco pensativa — Seu irmão tem 20 anos de pena pra pagar, ele cumpriu apenas um. E você tem razão, está com a galinha dos ovos de ouro. — sorri — Se ela estiver bem, te garanto que metade desses anos é reduzido, 10 anos e...

J: EU QUERO QUE ELE SEJA LIVRE! — diz irritado e se aproxima da garota.

A: Senta na porra da cadeira se você quer tanto que seu irmão se dê bem! — diz irritada.

J: Ou o que? Hum? — se aproxima seus rostos.

A: Ou o seu planinho de merda vai por água abaixo. Jorge, você sabe que a única que pode resolver seu problema sou eu.

J: Mas você está resolvendo do seu jeito e não do meu. — se afasta e fica pensativo — Ele livre e eu cumprindo pena fora. — repete.

A: Ele livre e você cumpre metade da sua pena fora.

J: Ele livre e eu com a pena inteira fora.

A: Ele livre e você com um ano na prisão e o resto fora. — ele fica pensativo — É o máximo que o governo vai aceitar depois de você ter sequestrado essa menina.

LA OTRA MITADOnde histórias criam vida. Descubra agora