VII

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O peso da coroa nunca me pareceu tão opressivo quanto agora

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O peso da coroa nunca me pareceu tão opressivo quanto agora.

O salão real, banhado pela luz tênue do amanhecer, está mergulhado em um silêncio opressivo, como se até mesmo as paredes de pedra sussurrassem segredos que preferiam manter ocultos. As tapeçarias, que contam a história de Thalador, parecem testemunhas silenciosas do meu dilema. A coroa sobre minha cabeça parece mais pesada a cada decisão, cada escolha ameaçando esmagar minha alma. Nunca imaginei que a liderança de um reino traria tantos sacrifícios pessoais, tantos dilemas que não podem ser resolvidos apenas com o poder de um exército ou a astúcia de um conselheiro.

O som das portas se abrindo reverbera pelas paredes de pedra, me trazendo de volta à realidade. Minha mãe adentra o salão com passos firmes e graciosos, sua figura exalando uma autoridade que parece pesar no ar, deixando-me acossado pela certeza de que nenhuma fraqueza é permitida na presença dela. A rainha-mãe é um pilar de força inabalável, uma estrategista cujo poder reside tanto em sua mente quanto em seu sangue. Seu olhar encontra o meu, carregado de intenções que ainda não compreendo completamente.

— Drakar — começa ela, sem rodeios como sempre. — Temos um problema, mas também uma solução.

Minha mãe sempre é direta, seus conselhos precisos como lâminas. Mas desta vez, sua postura sugere algo mais sombrio, um caminho sem volta. Faço um leve aceno com a cabeça, incentivando-a a prosseguir, enquanto uma sensação de náusea começa a se formar em meu estômago.

— Os Syndarion — disse ela, suas palavras cortando o silêncio como uma lâmina. — Mais especificamente, Eleanor.

O nome de Eleanor paira no ar entre nós, como uma tempestade iminente, carregada de implicações que ameaçam desabar a qualquer momento. Sua chegada ao reino, montada no dragão Thalindra, ainda vive em minha memória, tão afiada quanto o frio que ela carrega. Eleanor não é uma mulher comum; é uma força da natureza, tão indomável quanto as tempestades de inverno. Mas agora, com os rumores de que incendiou uma vila inteira com sua Glacithor, fez dela não apenas uma força, mas sim uma ameaça.

— E qual é a solução que sugere? — pergunto, tentando manter a calma enquanto uma corrente de ansiedade passava por mim.

Ela dá mais um passo em minha direção, seus olhos azuis como o aço cravados nos meus.

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