IV.

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	Estamos indo para Frosthaven

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Estamos indo para Frosthaven.

Eu e meu irmão decidimos ir para Frosthaven depois de duas semanas escondidos nas florestas. Tomar essa decisão não foi fácil. Desde criança, ouvia histórias de Thalindra, a última Glacithor, e sempre soube que minha jornada me levaria até ela. Não busco apenas respostas sobre o meu passado, mas também uma reconexão com a herança dos Syndarion.

À medida que o sol nasce, Arthur e eu deixamos a floresta, sabendo que o caminho à frente será árduo e perigoso. Cada passo na direção do desconhecido traz um misto de ansiedade e determinação, refletindo minha missão de justiça e vingança. Meu coração bate com expectativa e medo enquanto adentramos territórios desconhecidos, cheios de perigos mencionados apenas nas histórias contadas por nossa mãe.

As trilhas tornam-se mais estreitas, serpenteando por florestas densas e vales profundos. A natureza parece vigiar nossa jornada, como se Thalador estivesse testando nossa determinação. Arthur caminha ao meu lado, seu silêncio sendo tanto um apoio quanto um reflexo de nossas preocupações compartilhadas.

Cruzamos um riacho gelado, e peço para parar e contemplar meu reflexo na água turbulenta. Meus olhos cinzentos, herdados de nossa mãe, olham de volta com uma intensidade que reflete minhas tempestades emocionais. Estou aqui não apenas por mim, mas por ela também. Minha mãe enfrentou a inquisição com bravura e foi levada pelas chamas por causa dos meus dons. Ao ver meu reflexo, percebo como a jornada me transformou: meus cabelos ondulados, antes bem cuidados, agora estão rebeldes em uma trança mal feita, o castanho escuro refletindo apenas a escuridão.

– Acho melhor pararmos para descansar aqui. – Arthur sugere, exausto, enquanto começa a fazer uma fogueira com movimentos lentos e cuidadosos. – Já estamos na metade do caminho para Frosthaven. – Ele informa, seus olhos verdes observando-me atentamente.

– Acho que vou entrar na água. Preciso tomar um banho depois de dias na estrada. – Respondo amigavelmente, começando a retirar minhas roupas.

Sinto os olhos de Arthur em mim, analisando cada parte do meu corpo. Ando até o rio e me viro para verificar se ele ainda me observa. Ele rapidamente desvia o olhar, fingindo ajustar a fogueira. Um sorriso discreto surge em meus lábios. Entro na água fria, sentindo-a envolver meu corpo, acalmando meus músculos tensos e limpando a sujeira da jornada. Mergulho a cabeça e deixo a água correr pelo meu rosto, enquanto penso no que nos aguarda em Frosthaven.

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