Capítulo 20

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Hoje finalmente iríamos para casa e eu estava bem mais tranquila, nós iríamos sair desse maldito hospital após dias terríveis e ficaríamos com a nossa família, tudo certinho para cairmos fora daqui. Os exames da Finn estavam ótimos e ela já estava usando o aparelho auditivo para poder escutar, mas claro que ela reclamou um pouco e tenta a todo custo tirar ele.

— Eu já disse que não pode tirar. — Will arrumou novamente o aparelho auditivo na nossa menina. — Só quando for dormir.

— Incomoda.

— Eu sei que incomoda, mas você não pode tirar isso.

— Droga. — Eu olhei para o Will que deu um sorrisinho. — Tira.

— Não.

— Droga.

— William.

— O quê? Eu não sou o único que fala droga na frente da nossa filha. — Disse tentando se defender. — Os tios dela e a maluca da Rika falam o tempo todo. Deveriam aprender com você, Banks e a Winter a não falarem palavrões na frente das crianças. Até a Alex se controla um pouco.

— Você fala mais. — Falei enquanto estava terminando de arrumar a bolsa. — Eu tenho que dar um jeito de vocês pararem de falar certas palavras na frente das crianças.

— Novamente, eu não tenho culpa sozinho.

— Eu estou a um ponto de bater em você ou pior.

— E o que seria pior?

— Aquele lugar em que nos reencontramos? É uma boa pedida para vocês e não irei mandar trem nenhum para ajudar. Vocês que se virem.

— Não está aqui mais quem falou.

— Ótimo.

— Papai é engraçado.

— Ele tem medo da mamãe.

— Eu não tenho medo de você.

— Você tem medo sim. — Me aproximei dos dois. — Muito medo.

— Não.

— Eu acredito nisso.

— Você é chata, Emory.

— Mamãe é legal. — Finn disse me defendendo.

— Está do lado da sua mãe ou do seu pai maravilho barra incrível? — Will fez uma pose de super-herói fazendo Finn rir. — Você está rindo?

— Papai é engraçado.

— Muito engraçado, filha. — Sorri olhando para a minha menina. — Logo nós vamos para casa.

— Indie.

— Sim. Você vai ver sua irmã. — Will a beijou na bochecha. — Ela está muito ansiosa em te ver.

— Com licença.

— Tia Beck! — Finn levantou e pulou na cama. — Eu to indo para casa.

— Isso mesmo. — Ela pegou a Finn no colo e a beijou na bochecha. — Eu vim liberar você para ir embora desse hospital. — Beck a colocou sentada na cama. — Está animada?

— Sim!

— Eu vou sentir muitas saudades de você.

— Eu também.

— Ela ainda vai precisar de acompanhamento médico? — Perguntei.

— Sim. Eu vou ser médica dela ainda por um bom tempo. — Nós três nos afastamos um pouco da cama. — Como ela teve uma convulsão acho melhor que ela seja acompanhada, não é muito normal isso acontecer quando se pega meningite. Mas não se preocupem com isso. — Beck disse nos tranquilizando ou tentando. — Tudo está normal e perfeito, mas é bom ficar de olho.

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