Capítulo 25

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Duas semanas desde que a Finn sumiu e nenhuma pista ou pedido de resgate, parecia até que a minha menina não existia e que ela foi somente um sonho meu, agora é um pesadelo infeliz que nos assombra todos os dias. Will estava desolado e quase se entregava novamente a bebida e as drogas, Kai precisou intervir junto com a Rika já que ele não estava querendo me escutar. Os primeiros dias sem ela foi complicado, agora os dias sem ela é sem esperança de um dia a encontrarmos. Mesmo meu coração dizendo o contrário.

— Mãe. — Indie se aproximou e sentou do meu lado no banco de balanço. — Eu sonhei com a Finn hoje.

— O que você sonhou?

— Ela já era adulta e se parecia muito com a senhora, nós estávamos no casamento dela com o Ivar. Finn estava tão linda de branco. — Indie enxugou as lagrimas que caíram. — Mãe, será que vamos achar a Finn?

— Eu não sei, filha. — Eu não queria mentir para os meus filhos, mas também não poderia dar falsas esperanças a eles.

— Por que isso teve que acontecer? Logo com a Finn. — A única coisa que evidenciou que ela estava lá e foi levada era a boneca e o aparelho que tinha caído da orelha dela. — É por causa do passado da nossa família?

— Sim.

— O Seg não quer comer e nem dormir, o papai está muito estressado.

— Vamos pensar que isso logo acaba e a nossa Finn vai estar aqui. — Abracei a minha Indie. — Se lembra quando ela andou e falou pela primeira vez?

— Sim.

— Ela sempre foi tão apegada a você.

— Eu quero a Finn, mãe. A minha bonequinha.

— E ela vai voltar. — Will disse. Ele estava encostado na porta nos observando. — Filha, desculpa o papai por estar descontando o estresse em você. — Ele me olhou e sorriu. — Em você também, querida.

— Nós estamos muito nervosos com isso que está acontecendo. — Beijei a Indie na bochecha e sorri para o meu marido. — Eu sei que já tem duas semanas, mas algo me diz que não devemos desistir de procurar.

— E não vamos. — Will disse e sorriu. — Em algum momento vamos achar uma pista que nos leve até a ela.

— Eu acho que ela vem até a gente. — Olhamos para o Seg que se aproximou. — A Finn vai aparecer a qualquer momento.

— Sim. — Indie concordou com o irmão. — Ela vai aparecer logo.

— Já fizeram o dever de casa? — Perguntei para os dois.

— Não. — Ambos responderam.

— Então vão fazer o dever de casa. — Will disse e as crianças foram para dentro. — Não está com frio?

— Não. Finn ama o outono e o frio que vem com ele. — Will sentou do meu lado e me abraçou. — Por que isso está acontecendo com a gente?

— Eu não sei, querida, mas isso em algum momento iria acontecer.

— Eu acho que foi ela.

— Ela quem?

— A viúva do Martin. — Olhei para o Will e vi sua cara de surpreso. — Ela pode estar querendo se vingar por causa da morte dele e hoje eu me lembrei daquelas fotos que recebemos.

— Mas investigamos essa mulher e não encontramos nada.

— E se ela forjou tudo para acreditarmos estar quieta? Essa mulher deve estar furiosa por acabarmos com o marido dela. Will, você sabe que isso está ligado com nós dois.

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