Serendipity

Capítulo 7

Foi tudo muito rápido.

Uma hora eu estava no restaurante e outra já me encontro no hospital em trabalho de parto, isso me deixou assustada e agora estava me sentindo culpada se algo acontecesse com a minha pequena seria minha culpa, eu tinha colocado a minha filha em perigo. Will tinha saído do quarto para ligar para os nossos amigos e aos pais dele avisando sobre o bebê, ele estava tentando ser forte por nós três nesse momento, mas podia ver o desespero no olhar dele e isso me doía tanto.

- O Damon está vindo para cá junto com a Alex. - Will sentou na cadeira ao lado da minha cama. - O doutor Stevens também está vindo com eles.

- É tudo culpa minha.

- Emmy. - Will segurou minha mão esquerda e a beijou. - Não é sua culpa.

- Eu deveria ter ficado em casa parada e descansando.

- Você não ia saber que isso poderia acontecer. - Will segurou a minha mão e a beijou. - A nossa menina vai ficar bem.

- É tudo minha culpa, Will.

- Não pense assim.

- Com licença. - Uma médica entrou e sorriu ao me ver. - Senhora Grayson, eu me chamo Hermione e serei a sua médica até o doutor Stevens chegar. Ele me passou o seu prontuário e vi os exames que fizeram quando chegou aqui.

- O bebê está bem? - Perguntei bem preocupada.

- Sim. Nós médicos falamos que bebês depois das 35 semanas não são mais prematuros, é o caso do seu bebê e pelos exames está tudo bem, não tem o que se preocupar.

- Mas isso quer dizer que não vai precisar ficar intubado?

- Só vamos saber isso assim que nascer.

- Então pode acontecer? - Will perguntou.

- Sim, senhor Grayson. Muitos bebês que nascem depois de 35 semanas nem precisam, mas vai depender muito de como os pulmões estão.

- Entendi.

- O bebê pode vir a falecer por nascer antes? - Perguntei enquanto chorava.

- Senhora Grayson, bebês que nascem com 35 semanas sempre vivem e você está numa das melhores maternidades de Nova York.

- Certo.

- Eu gostaria de faze um exame de toque. - Ela estava olhando o eletro. - O coração do bebê está indo muito bem. - Ela foi para a frente da cama e colocou as luvas, apertei com firmeza a mão do Will assim que ela começou a fazer o exame. - Ótimo. Emory, você está com 2 centímetros de dilatação.

- Isso é ruim? - Perguntei.

- Não. O parto está indo no tempo dele.

- Certo.

- Estamos arrumando tudo para a chegada do seu bebê e pode ficar tranquila quanto ao nascimento. Irei deixar os dois sozinho.

- Vai dar tudo certo. - Will beijou a minha mão. - A nossa menina vai vir com muita saúde e nós logo vamos para casa.

- eu sou uma péssima mãe.

- Você é uma mãe maravilhosa, querida. - Olhei para o Will que sorria. - Eu e as meninas temos muita sorte de ter você.

- Eu que tenho sorte de ter vocês.

- Com licença. - Dona entrou no quarto e se aproximou. - Querida, como está se sentindo?

- Assustada.

- Eu vim aqui para falar que o que precisarem podem contar comigo. - Disse olhando para nós dois. - Eu tive o meu Adam quando ele tinha somente 7 meses e hoje é um garoto de 12 anos, e muito saudável, a sua bebê vai ser saudável e muito forte.