44- O que querem?

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J O N A T H A N

Porra, tô muito feliz! Caralho!

A ruivinha deixou um bilhete na minha mochila pedindo para eu ir na sala de ciências conversar com ela.

Acho que vai ficar tudo bem agora. Cacete!

Fui correndo para a sala de ciências. Será que ela já está lá?

Mas, ao chegar, não encontrei a minha namorada. Em vez disso, vi Luana sentada em uma das mesas.

— Luana? —  falei ao entrar.

— Jonathan? Cadê a Valentina? — ela perguntou, parecendo confusa.

— Ué, ela me chamou pra eu vir conversar com ela.

— Ela me chamou também. — Luana franziu a testa.

De repente, ouvimos passos se aproximando da sala. Mas não era Valentina.

— Que namorado burro a Valentina foi arrumar. Puta que pariu! — Matheus disparou com seu sorriso debochado.

Antes que eu pudesse reagir, o desgraçado e J.P. trancaram eu e Luana dentro da sala.

— FILHO DA PUTA! ABRE ESSA PORRA DESSA PORTA, CARALHO! — gritei, socando a porta com toda a força.

Os dois riram e se afastaram, deixando-nos presos.

— M-meu Deus, Jonathan! — Luana exclamou, o desespero estampado em seu rosto. — E agora?! — Ela ficou pálida como um papel. — Socorro! Socorro! — começou a gritar, na esperança de que alguém nos ouvisse.

— Você tá com o seu celular aí? — perguntei, lembrando que deixei o meu na mochila com Guilherme.

— Tô, mas está descarregado. Merda!

Nesse momento, Luana começou a chorar e sua respiração ficou acelerada.

— Luana, o que foi? — me aproximei dela, preocupado.

— E-eu... N-não consigo ficar em lugares fechados... — murmurou entre as lágrimas. — T-to ficando tonta...

— Calma, calma! Se ninguém chegar logo eu arrombo essa porta. Só não vou fazer isso agora porque pode dar merda pra mim.

Ela respirava cada vez mais rápido e parecia perder o controle.

— Ei, calma... — a abracei firmemente.

Será que um abraço ajuda? Eu torcia para que sim. O calor do meu corpo poderia trazer um pouco de conforto àquela situação.

(...)

V A L E N T I N A

Eu já estava planejando ir embora da escola, porém, Matheus e Maitê vieram até mim.

Me conti para não revirar os olhos.

— O que querem? — Perguntei.

— O Jonathan está na sala de ciências querendo muito falar com você. — Maitê disse.

— Nós sabemos da situação com a Luana... estamos do seu lado. — Matheus sorriu pra mim.

Quase vomitei com essa falsidade do Matheus.

Não falei nada, apenas me afastei deles e decidir ir na sala de ciências.
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Continua...

Meu Doce Pecado.... (Ft. @Dudinhaa_919)Onde histórias criam vida. Descubra agora