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— O que quer dizer com isso?

Me aproximo do balcão encarando-o de perto e apoio os braços no mesmo, o sorriso de Felix de desfaz ao fitar meu pulso.

— Você não conseguiu.

Engulo seco ao ouvir sua voz triste de repente, me deixando confusa.

— Vieram todos então. - ele olha para trás de mim. — Melhor entrarmos. - Lee aponta para a porta atrás de si mesmo, mas eu nego.

— A gente não vai demorar.

— Ah, acho que vão sim.

—  Precisamos da sua ajuda. - Seungmin por fim fala.

— Melhor entrarmos.

O garoto repete passando pela porta e nós quatro nos entreolhamos, sem tempo a perder sigo-o implorando em minha mente para que Lee consiga arrumar o objeto. O cômodo era uma sala de estar com algumas poltronas, totalmente ao contrário do que pensei que seria, como um local para que o mesmo pudesse trabalhar e não um escritório.

Me sento de frente para ele e os outros ficam num sofá ao lado, todos esperando a conversa se iniciar.

— Felix. - chamo-o o fazendo me encarar. — Pode nos ajudar, por favor?

— Pode me dizer e vejo se consigo.

Tiro o relógio do meu pulso e entrego a ele que o pega, analisando-o com cuidado e calma. Ele busca algumas ferramentas e abre o objeto removendo o vidro e mexendo em algumas partes.

— Acha que consegue consertar?

— Sinto te dizer que não.

— Por quê?! - pergunto tremendo.

— Tá todo quebrado por dentro, parece que um carro passou por cima.

— Acha que pode arrumar se comprarmos as peças de novo? - agora Ryujin questiona.

— Ah, posso sim.

— Então ele vai voltar a funcionar?! - sinto novamente a esperança dentro de mim.

— Vai.

Suspiro de alívio e sorrio pequeno para meus amigos.

— Mas não do jeito que você quer que funcione.

— Como assim? - meu primo entra na conversa, era o que eu queria entender, estava ainda mais confusa.

— Heeji, por que você acha que eu abri essa relojoaria?

Franzo o cenho com sua pergunta, nós realmente temos que falar sobre isso quando estou a ponto de enlouquecer?

— Você disse que abriu porque Jisung gostava de relógios.

— Bom, não é bem assim. - ele fecha o objeto e devolve para mim. — Esse relógio não vai mais funcionar, Heeji.

— Mas você disse que pode consertá-lo.

— Sim, como um relógio normal… Mas você não vai mais conseguir voltar no tempo com ele.

— Como sabe sobre isso?

Seungmin é mais rápido do que eu, que apenas consegui ficar estática com a fala dele. 

— Fui eu quem colocou o relógio na lápide dele, Heeji.

— O quê?

— Como tinha o relógio? - Ryujin se levanta sentando-se ao meu lado e segura minha mão trêmula. — E como sabe que ele leva as pessoas pro passado?

Volcano | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora