𝘼 𝙫𝙚𝙧𝙙𝙖𝙙𝙚𝙞𝙧𝙖 𝙧𝙚𝙘𝙤𝙢𝙥𝙚𝙣𝙨𝙖-𝑳𝒂𝒑𝒖𝒉

𝙓𝙑𝙄𝙄𝙄

(E eu acabo de perceber uma cagada brutal... Eu até agora não fiz um beijo sequer dos Lapuh- A fic tá acabando e esse momento precisa ser especial-)

7 restantes...

- Feliz pelos 18? - Apuh fizera a pergunta ao parceiro, ambos admiravam o pôr-do-sol como quando faziam na adolescência, Lg teve uns leves surtos por dentro com a idade anunciada, entretanto sorrira. 

- Sim... Muito, mesmo que não faça muita diferença quando se chega na fase adulta... Só temo começar a ter rugas como você...

- Até você? 

- Eu estou somente brincando, Nogal faz isso. E o grupo todo também! - Lg começara a rir, e Apuh fingira falsa indignação, apesar de meio segundo depois admirar o namorado rindo como um porco engasgado - como o Midas quando a Sam resolvia ter instinto materno, aquele porco já servia para o Natal se Jazz não ficasse vidrado nele a cada 3 minutos. - os dois pararam com a gracinha e ficaram vendo o mundo escurecer enquanto ligeiramente entrelaçavam as mãos no gesto mais afetivo conhecido - o bom de tudo era que nem Apuh nem Lg eram fãs de atos promíscuos.

    O casal estava ainda observando o horizonte, os últimos raios do sol se afastando lentamente enquanto o céu tomava uma cor dourada, quase mística. Era o tipo de momento que fazia Apuh pensar sobre o que realmente significava a tradição Wicca para ele. Ele não costumava se questionar muito, mas às vezes as palavras de Clara e as reflexões durante os rituais lhe causavam uma sensação estranha, como se algo estivesse faltando ou algo que ele não entendesse ainda estivesse por vir.

- Você já pensou, Lg, sobre o que realmente significa tudo isso, as palavras de... Mamãe, sobre a tradição Wicca? - Apuh perguntou, interrompendo o silêncio confortável.

    Lg olhou para ele, um sorriso suave ainda nos lábios. Ele parecia confortável, como se tivesse se encontrado em sua própria jornada espiritual. Porém, mesmo com seu olhar calmo, havia uma intensidade no modo como ele refletia sobre a pergunta.

- O que significa para mim... - Lg começou, as palavras vindo com uma leveza tranquila. - Acho que é mais sobre conexão. Conectar com a Terra, com os ciclos da natureza. E com quem somos, também. Você sente isso? Como se fosse uma forma de tocar algo que não vemos, mas que sabemos que está ali?

    Apuh refletiu um pouco antes de responder, seus dedos ainda entrelaçados com os de Lg.

- Às vezes sim. Especialmente quando estou em um círculo de magia, ou quando Clara ou Cherry falam sobre os elementos, sinto como se tudo tivesse um propósito maior. Mas, por outro lado, tem momentos em que não consigo entender tudo. Por que certos rituais são necessários? Por que certos símbolos? Parece que há um significado profundo, mas não sei se é algo que já estou pronto para entender completamente.

    Lg deu uma risada suave, mais uma expressão de compreensão do que uma zombaria.

- Acho que nunca estamos prontos para entender tudo. A tradição é uma jornada. Cada ritual, cada símbolo, é uma maneira de aprender algo novo, mesmo que não compreendamos completamente no início. A prática nos ensina a confiar no que sentimos.

    Apuh franziu a testa por um momento, refletindo sobre as palavras de Lg. Ele olhou para o céu escurecendo lentamente, e então para o namorado, que parecia tão em paz com sua jornada.

- Eu acho que tem algo em você que me faz querer entender mais... Talvez você tenha encontrado algo que eu ainda não achei. Algo que faz você tão certo disso.

    Lg sorriu, apertando a mão de Apuh suavemente.

- Eu não tenho todas as respostas, Apuh. Ninguém tem. Só sei que, de alguma forma, cada um de nós tem uma verdade para encontrar. E esse caminho... É nosso para explorar.

    O silêncio se instalou novamente entre os dois, mas desta vez era diferente. Não era uma pausa incómoda ou uma falta de palavras, mas um espaço de entendimento, onde ambos estavam dispostos a seguir suas jornadas, juntos, com suas incertezas e descobertas. O mundo ao redor deles, agora envolto pela escuridão da noite, parecia ainda mais cheio de mistérios a serem desvendados, mas, por enquanto, estavam prontos para enfrentá-los, um passo de cada vez. Era uma excelente hora para refletir sobre como fariam dali para frente...