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CAPÍTULO TRINTA E SEIS:

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CAPÍTULO TRINTA E SEIS:
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O fim de uma era.

Como irei morrer? Eliza riu consigo mesma

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Como irei morrer? Eliza riu consigo mesma. Um riso fraco e seco. Há um ano atrás, essa pergunta jamais se passaria por sua mente. Ela nunca gostou de dar valor demais a coisas fúnebres. Não depois da morte de seus pais.

Curiosamente, agora haviam muitas respostas para essa mesma pergunta. Mas ela ainda não as desejava.

A pergunta que a atormentava não era sobre a morte em si, mas sobre a vida que havia levado até ali. Será que existe realmente uma maneira certa de viver? Ela se perguntava, quase como se esperasse que o vazio trouxesse alguma resposta.

Agora, parando para refletir, percebeu que nunca havia encontrado uma resposta definitiva para essa pergunta. Talvez porque ela não existisse. Talvez porque, no fundo, viver não fosse algo que pudesse ser categorizado como certo ou errado. Ela sempre acreditou que a vida deveria ser leve, cheia de risos e alegria, mas agora, diante da incerteza de sua própria sobrevivência, essa visão parecia tão simplista, quase ingênua.

Enquanto a mente vagava por esses pensamentos, Eliza se lembrou das muitas vezes em que tomou decisões impulsivas, riu de coisas que outros achariam graves, e seguiu em frente sem pensar nas consequências. Seria essa a maneira certa de viver? Ela não sabia, mas era a maneira como escolheu viver até agora. A ideia de que sempre haveria arrependimentos, não importando o quanto tentasse viver sem eles, era perturbadora, mas também libertadora.

De repente, uma lembrança lhe veio à mente: Era uma tarde de verão, anos atrás, antes mesmo de Carlisle entrar em sua vida. Ela estava sentada na varanda da casa de seus pais, observando as flores balançarem ao ritmo da brisa. Havia uma paz naquele momento, uma simplicidade que quase doía em sua beleza. Seu pai estava ao lado dela, contando histórias sobre sua juventude, e sua mãe ria de algo bobo, uma risada que Eliza nunca mais ouviria, mas que agora se mantinha presa em sua memória com uma clareza dolorosa.

Lembranças como essa aqueciam seu coração, mesmo enquanto o medo e a dúvida se infiltravam em seus pensamentos. Elas eram a prova de que, independentemente dos erros que cometeu, de qualquer arrependimento que pudesse ter, ela havia vivido momentos que valiam a pena. E esses momentos, por mais breves que fossem, eram o que fazia a vida ter significado.

𝐋𝐈𝐓𝐓𝐋𝐄 𝐎𝐋𝐃𝐄𝐑┃𝐂𝐚𝐫𝐥𝐢𝐬𝐥𝐞 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora