Namorados

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Um ano se passou.

Juliette sentia-se satisfeita com o trabalho que tinha. Sempre alternava os turnos entre matutino e vespertino a depender da semana, mas seu salário era relativamente bom, fora os benefícios que ela também recebia, dentre eles havia um vale refeição de 800 reais, um plano de saúde e um vale-estudantil, além do vale-transporte.

Com tantos benefícios Juliette se sentiu encorajada a voltar a estudar e passou no vestibular de uma faculdade privada para o curso de psicologia, o curso era semi presencial, então ela não tinha dificuldade em conciliar.

Na vida pessoal as coisas iam bem e incrivelmente estava namorando. Maurício era um recém chegado na empresa, com apenas quatro meses de casa, mas que se mostrou um rapaz interessante aos seus olhos.

- Juliette, confesse... Você está apaixonada? - Cecília, sua colega de trabalho, era sempre curiosa.

- Eu gosto dele. Estou tentando... Sem grandes expectativas.

- Eu sei como é. Mas ele é gatinho, então ao menos você vai pegar um gostoso.

Elas sorriram uma para a outra e logo calaram-se por que os patrões, pai e filho, passavam por ali.

Um "Bom dia" foi dito por Rodolffo, mas seu pai só as olhou e nada disse.

- Esse seu Oscar é tão orgulhoso. - Cecília confessou a Juliette.

- Por demais. Eu tenho a impressão que ele me detesta.

- Por que detestaria? Juliette aqui ninguém é especial. Somos todos iguais. Então ele detesta a todos nós se for assim.

- E o Rodolffo...

- O quê tem esse mal humorado? Ele é bonito, mas sinceramente perde a metade da beleza com esse semblante fechado dele. Acho que você sempre pergunta dele, mas nem deveria, ele mal olha na nossa cara.

- As vezes tenho pena dele... Ele me parece tão triste.

- Triste? Ah para Juliette. O cara é tão rico que não sabe nem quanto tem na conta bancária.

- Dinheiro não é tudo Cecília.

- Sim. Mas eu vou te dizer uma coisa que você goste ou não.

- Então diga...

- Você não é apaixonada pelo Maurício, já pelo chefe...

- Não sou não. Eu tenho muita gratidão por ele. Isso eu tenho e não nego. Apesar dos defeitos, ele é um bom homem.

- Sei Juliette... Sei.

...

Escritório do patriarca.

Meu pai conversava com seu assistente até que surge o assunto:

- Casou Maurício?

- Não seu Oscar, mas isso é uma aliança de compromisso.

O rapaz parecia contente.

- Então quem é a moça? É daqui da empresa?

- Sim. É a recepcionista Juliette. Estamos apaixonados.

Maurício tinha um largo sorriso no rosto e eu fiquei pensativo.

...

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