Enquanto Rodolffo cuidava de Juliette, Fernando fazia seu trabalho investigativo e começou pelo local de falecimento de Madalena.
Com colaboradores em várias esferas não era difícil conseguir informações confidenciais e foi na saída do plantão noturno que ele encontrou-se com Olívia.
- Oi Fernando.
- Podemos conversar?
- Sim. Podemos.
Olívia aceitou a carona e foi logo dizendo:
- Eu chequei o ano de 1990 e ela teve um bebê em 24 de agosto. Vindo a falecer com 32 dias depois.
- Olivia na época o hospital se omitiu.
- Eu li na ficha. Ela morreu de hemorragia e possivelmente foi vítima de violência.
- Que absurdo. Sabe me dizer se ela teve um menino ou uma menina?
- Um menino e foi de parto natural. Ela estava bem e foi liberada logo no dia seguinte para casa. Talvez você não saiba dessa informação, mas Madalena era casada.
- Casada? - Fernando disse surpreso.
- Com... Espera. - ela buscou um papel no bolso. - Com Oscar Marcondes Ferraz.
Fernando abismado.
- Que dia ela deu a luz ao menino?
- A 24 de agosto de 1990.
- Olívia, não posso crer. Tem certeza disso?
- Mais tarde te envio todas as fotos das fichas. Eu não ia mentir. Nunca fiz isso Fernando.
- Esse garoto nasceu vivo, certo?
- Sim. Nasceu vivo e na ficha consta boa saúde do bebê.
Fernando ficou calado por um tempo.
- É o meu cliente.
- E ele não imagina isso?
- Nem cogita. Que baque. Ele suspeitava de uma coisa e vai se deparar com outra.
...
Na manhã seguinte no hospital...
Juliette novamente estava febril e Rodolffo só era apreensão, além da febre agora tinha um edema enorme no braço da sua noiva.
- Estou ficando preocupada...
- Juliette seu corpo está rejeitando esse implante hormonal. Isso é sério e já deveria estar preocupada. Eu estou a beira de um surto.
Rodolffo falou isso enquanto andava de um lado para o outro do quarto.
- Não precisa surtar. Eu vou melhorar. Só preciso tomar um pouco mais de remédios.
- Bom dia casal. - o médico os cumprimentou e foi examinar Juliette.
Ela olhava ele apertar o edema e quase chorava de dor.
- Está muito infeccionado. Isso é um risco a sua saúde, que eu julgo desnecessário senhorita Juliette.
Rodolffo não dava opinião.
- Tenho que retirar?
- Vou tentar outra medicação, porém se não houver resposta, é remoção e será no centro cirúrgico por que suspeito que ele foi inserido de forma errada.
O médico saiu e novamente ficaram sozinhos.
- Por que você não diz que não gostou?
- Eu não gosto de te ver doente. Isso é péssimo. Todo homem que ama sua mulher quer o melhor para ela e isso não é diferente comigo. Estou arrasado. Velei seu sono a noite toda.
- Vem cá... - ele foi e ela o abraçou. - Eu só pensei em nós dois quando tomei essa iniciativa. Mas não imaginava que seria assim.
Alisando e beijando o cabelo de Juliette, Rodolffo lhe disse:
- Vamos aguardar e ver o efeito do remédio. De todo modo já desmarquei tudo que eu tinha a fazer e avisei a meu pai.
- Ele deve estar desejando a minha morte...
- Ele disse que eu ficasse do seu lado. Que um bom marido não abandona a esposa nem mesmo para ir ao mercado comprar um leite para o filho.
- Que comparação estranha...
- Também achei, mas enfim. Isso pouco importa, sua saúde é a minha única preocupação.
...
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Os sonhos do coração
FanfictionQue sonho te move? O quê está disposto a fazer por ele? Desafios são necessários para chegar onde se quer.