O primeiro beijo

87 19 17
                                    

Juliette chorou que molhou a minha camisa e eu sempre ia falando palavras de incentivo.

- Você não tem culpa de nada. Não precisa ter nojo de si.

- Eu beijava aquela boca dele. Ai meu Deus. - ela se afastou de mim e se pôs a esfregar a boca.

- Ei... Tenha calma.

- É nojento. O senhor não imagina o quanto...

- Imagino, mas não pensa mais nisso. Passou...

- A vida não tem um botão de "esquecer", as coisas não são tão simples assim. Eu digo isso por que já sofri muito na minha vida e sei muito bem que certas coisas sempre ficam na nossa mente.

Eu toquei o rosto de Juliette e com os polegares sequei as suas lágrimas.

- Não precisamos só nos lembrar dos momentos tristes. As memórias bonitas tem o seu valor.

- Sim... - ela me disse já sem chorar.

- Então que tal criar uma lembrança bonita agora?

Juliette me olhou com os olhos um pouco confusos e eu fui testando se podia me aproximar.

Lhe dei um beijo na testa, depois fiz carinho no seu nariz com o meu e vi ela fechar os olhos, então uni nossos lábios num beijo molhado e delicioso.

Nossos lábios se provaram. Nossas línguas se deliciaram e minhas mãos apertaram a sua cintura, enquanto seus dedos macios tocavam a minha nuca. Nos separamos quando ela quis por que por mim não pararíamos tão cedo.

Eu sorri e ela parecia um pouco assustada. Mas nenhuma palavra foi dito por que o elevador se abriu e frente a nós estava o meu pai.

- Bom dia! - ele disse num tom de voz seco e Juliette só o cumprimentou, saindo do elevador imediatamente.

...

Os sonhos do coração Onde histórias criam vida. Descubra agora