Marcondes Ferraz x Mendes -1

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- Para onde quer ir agora? - perguntei e ela me deu um sorriso.

- Eu acho que é sabedor da resposta.

- Então me fale... Eu não sei de nada.

- Eu quero ir para a minha casa e lá buscarei algumas coisas que necessito para ir para a tua casa.

- Que tal se você vinher em definitivo?

- Definitivo?

- Morar comigo Juliette.

- Mas a gente namora a tão pouco tempo.

- E isso importa? Eu te amo e tu me ama, o quê nos impede?

Juliette ficou pensativa.

- Não tenho nenhum impedimento para casar. Você tem algum?

- Mas você queria morar junto e agora quer casar...

- Eu quero tudo com você...

- Então peça a minha mão em casamento. - ela disse me mostrando a mão direita.

- Então... - eu segurei a mão dela. - Está disposta me aturar e me amar por toda a vida? Aceita ficar comigo e perder a oportunidade de ter outras experiências?

- Não quero novas experiências se elas não forem com você. Eu aceito.

- Essa é a melhor coisa que eu ouvi nesse dia caótico.

- Eu te amo.

- Também te amo pequena.

Lhe dei um beijo contido por que estávamos num lugar público, mas antes de ir até sua casa, tivemos oportunidade de dá amassos e beijos apaixonados dentro do meu carro.

- Nós temos tempo. Eu prometo que vou dormir contigo.

- Passar a noite, por que hoje eu não quero dormir.

Juliette sorriu e eu dei continuidade ao percurso.

- No passado o meu pai conheceu o seu. - ela começou a falar e eu fiquei pensativo. - Mas ele não entrou em detalhes. Só disse que Oscar Marcondes Ferraz não era um bom homem.

- Não explicou o motivo?

- Não.

- Isso pode ser negativo para mim.

- Quando ele disse isso?

- Quando eu entrei na empresa.

- Mas ele não disse de onde conhece meu pai?

- Não. Mas eu lembro dele me alertar sobre o seu pai.

- Seu pai se chama?

- Amadeu Mendes.

- Ele já trabalhou com meu pai?

- Não. Meu pai sempre foi autônomo até onde eu sei.

- Então espero que o senhor Amadeu me diga de onde conhece o senhor Oscar Marcondes Ferraz.

Juliette me indicou por onde íamos e não demorou tanto para chegarmos.

- É aqui que eu moro.

O lugar era bem arrumado e na rua não havia ninguém para nos observar.

- Eu vou avisar a meu pai que temos visita e depois você entra.

- Tudo bem.

...

Juliette entrou com as suas chaves e logo estávamos na porta principal da casa.

- Ele está vendo televisão. Gosta de acompanhar os jornais.

- Que bom.

Assim que ouviu conversas, o homem virou para nos observar.

- Juliette quem está aí e por que veio tão cedo hoje?

- Pai... Hoje não tinha muito o quê ser feito. E eu trouxe uma pessoa para o senhor conhecer.

Amadeu se pôs de pé e seu semblante me pareceu um pouco assombrado, mas Juliette nos apresentou mesmo assim:

- Pai esse é o Rodolffo Marcondes Ferraz e esse é o meu pai Amadeu Mendes.

- É um prazer conhecer o senhor... - disse o mais cordial possível.

- Um Marcondes Ferraz legítimo? - a cara do pai dela não era boa.

- Sim. Sou o filho mais velho de Oscar Marcondes Ferraz.

- Por que está aqui? Juliette o quê tem com esse homem? - Amadeu definitivamente não tinha gostado de mim.

...

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