Um chamado importante

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Diante da boa saúde de Juliette finalmente ela foi liberada para voltar para casa, mas naquela manhã ela não parecia animada.

- Amor... Você está realmente bem? - Rodolffo disse a encarando.

- De saúde sim, mas me sinto estranha. Eu sonhei com a minha mãe e ela me abraçava tão forte. Acordei com uma sensação ruim.

- É saudade amor.

Juliette deu um abraço muito apertado no noivo.

- Depois eu sonhei com uma aliança partida ao meio. Amor isso é péssimo.

- Não pense em sonhos. Está sob efeito de medicação, então pode ser isso. Acalma o coração meu amor...

- Eu não quero que a gente se perca. Mas se um dia isso acontecer, espero que a gente se encontre.

- Juliette não diga isso... Que negativismo é esse? Vamos para casa.

De alguma forma Juliette sentiu o quê aconteceria naquele dia.

...

Ao chegarem em casa, Rodolffo foi organizar tudo e Juliette ficou mais de repouso, quando ele veio se juntar a ela, foi para almoçarem juntos.

Rodolffo pediu um brinde com um copo de suco:

- Que a vida seja leve, revitalizante e feliz.

- Sim e que algum dia você abandone esse vestuário preto amor. Não acho que combine contigo essa escuridão toda.

- Vou tentar meu amor.

Comeram animados, mas logo que Rodolffo foi descansar a refeição com a noiva seu telefone tocou.

- Não atende amor. Eu quero namorar.

Juliette disse manhosa e ele sorriu.

- É o Fernando. Tenho que atender.

Foi uma breve ligação, mas Rodolffo tinha uma missão depois dela.

- O Fernando precisa me ver com urgência.

- Por que com urgência?

- Não sei. Mas tenho medo do que eu vou descobrir com essa conversa e adiar não adianta.

- O meu pai não deveria ter te contado isso...

- Devia sim... Se o meu avô for o culpado só lamento por que a justiça não será feita. Mesmo assim vou confrontar o meu pai e perguntar se ele sabia disso e se calou.

- Meu amor... Vai com cuidado.

- Vou chamar o Israel e a Laís para virem ficar com você.

- Não precisa, eu estou bem e você deve voltar logo, não é?

- Sim. Eu volto.

...

Enquanto isso na mansão de Oscar.

No seu escritório ele olhava os vários documentos que tinha guardado no cofre. Ali tinha a certidão de casamento com Madalena, o primeiro registro de nascimento de Rodolffo e algumas fotos deles no tempo que estiveram juntos.

Ele alisava o contorno do rosto de Madalena e seu rosto molhava-se de lágrimas.

- Me perdoe... Onde estiver me perdoe minha doce Madá. A minha vida é tão medíocre que eu só vivo na espera de te encontrar na eternidade. Vem me buscar meu amor. Ultimamente até o nosso filho tem se voltado contra mim e isso dói tanto. Sinto remorso pelo que fiz no passado. E sou ciente que se um dia Rodolffo for sabedor da verdade nunca mais olhará na minha cara.

Oscar estava temeroso que Rodolffo o abandonasse de vez.

- Ele tem uma personalidade forte e é destemido de tudo. Não aceita mais os meus conselhos e agora está de namoro com uma prima. O quê faço Madá? E se ele tiver filhos com essa moça e não forem saudáveis? Eu sinto que corro perigo. Por um exame genético, eles podem descobrir o parentesco e o quê vou fazer? Ultimamente me sinto totalmente desnorteado. Tinha que ser logo uma prima dele?

...

Do outro lado da cidade.

Rodolffo chegava para o encontro com Fernando e o detetive já tinha uma pasta sobre a mesa  chamando a atenção imediata de Rodolffo.

- Já vejo que tem novidades.

Fernando estava muito sério.

- Tenho. Agora precisa ter muita paciência para ouvir o quê eu descobri.

- O meu pai é um assassino?

- Não Rodolffo. Até onde sei seu pai não é assassino.

- Ainda bem.

- Mas ele não é honesto como você sempre pensou que ele era.

Rodolffo tinha os olhos fixos em Fernando e esperava o pior, menos o quê o detetive tinha a dizer.

...

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