Tréguas e perdões

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Juliette ia caminhando até o pai e o sogro, até que Rodolffo segurou sua mão.

- Talvez eles precisem conversar meu amor.

- Eu sei...

Eles ficaram olhando Amadeu dirigir a palavra a Oscar, mas ambos falaram de uma só vez.

- Eu quero... - Amadeu falou

- Eu peço... - Oscar o interrompeu.

- Quer me pedir perdão senhor?

- Eu quero. Madalena lhe tinha muita estima. Gostava muito do irmão Amadeu e também dos sobrinhos. Por favor perdoe-me por todos esses anos que lhes neguei a verdade sobre ela e sobre o nosso filho.

- Respondeu a minha pergunta e eu nem a fiz. Sinceramente o quê mais dói é saber que minha mãe morreu e nunca teve a certeza sobre a vida de Madalena.

- Eu não fui suficiente para ela. Infelizmente eu sou um homem falho demais. Madalena foi o ser humano mais perfeito que já habitou a Terra. Aqui não era o seu lugar, ela deve estar vendo tudo ao lado dos anjos.

- Certo dia eu sonhei com a minha irmã e ela me disse que estava junto de mim. De alguma forma ela sempre estará. - Amadeu fez uma pausa. - É impossível voltar no tempo, mas hoje vemos nossos filhos casarem. Rodolffo é meu sobrinho além de genro e eu o aceito, então espero que também aceite a minha Juliette.

- Não estaria aqui se não aceitasse, pode acreditar.

- Deixamos o passado onde está por que não adianta tentar reviver e refazer o quê não tem jeito. Que esses jovens façam uma história diferente.

- Tenho certeza que farão. Rodolffo não tem nada de mim, então com toda certeza fará Juliette feliz.

Rodolffo intrometeu-se na conversa.

- Isso não é verdade pai. Ninguém herda só o pai ou só a mãe, apesar de não ter conhecido a minha sei que posso parecer com ela fisicamente, mas muito do meu caráter tem traços seus. Ninguém é perfeito, mas o senhor também me ensinou coisas boas, assim como também ao Israel.

Rodolffo foi abraçado pelo irmão.

- Somos diferentes do senhor pai, mas uma coisa herdamos de ti de certeza... - Israel disse sorridente.

- O quê Israel? - Oscar perguntou sério.

- Temos o traço tóxico de contrariar o patriarca.

Oscar sorriu e Abigail estava emocionada.

- Vem cá pai... Dá um abraço nos seus rebeldes. - Israel convidou e os três se abraçaram.

- Não sou um bom pai, tenho muitos defeitos, mas eu amo vocês.

Os irmãos estavam em paz. Juliette estava abraçada ao pai e Abigail olhava tudo com a certeza que tudo ficaria bem. Laís sorria, mas já sentia contrações.

Quando todos estavam planejando o almoço, a bolsa de Maria Eduarda se rompeu e Israel arregalou os olhos.

- Meu Deus do céu. Vai nascer.

A euforia foi tamanha para todos. Oscar e Abigail foram para o hospital com o casal. Enquanto os demais foram almoçar, mas a ansiedade tomava o coração de todos.

- No dia do nosso casamento a bebê vai nascer amor... Que lindo isso. - Juliette disse enquanto tocava a própria barriga.

- Não se preocupa que a nossa está muito perto de vir também.

- Acha que é menina?

- Acho... Eu não sei se vou saber lidar, mas vou dá o melhor de mim.

- Você é um fofo. Te amo lindo.

- Eu não me acho fofo, mas eu te amo minha linda.

...

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