39. Futuro

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Alguns segundos de silêncio são presentes mas logo todos batem palmas e comemoram o discurso de camila, ela vem até nós e a recebemos com um braço em grupo logo fagulha se aproxima da mesma e eles trocam umas palavrinhas e se beijam no meio de todos nós, mais comemorações são ouvidas e a festa retoma, nós nos separamos e cada um vai pra um canto, eu me mantenho pegando comida, tem um algodão doce rosa delicioso, logo me sento em uma das mesas mais próximas das barracas e vejo fabricio andando sozinho, dou um assovio e o chamo.

-eai liz- ele sorri colocando as mãos nos bolsos.

-Tá fazendo o que sozinho por aí?- comento.

-Eu estou andando por aí e você?

-eu to afim de comer comidas de são joão e olhar pessoas dançando- ergo os ombros- quer me acompanhar?

- e ainda sou eu que dou sinais confusos- dá uma risada e se senta ao meu lado.

-Para falar bem a real, eu nem sei o que eu quero agora- olhei para o mesmo- tanto romanticamente e existente.

Fabrício me encara confuso. 

-pensei que você já tivesse sua vida pronta, do jeito que você fala…

-é eu achei também- dou de ombros novamente- mas essa é a graça de ser adolecente...

-Você anda muito reflexiva...

-Acho que o discurso da Cézar me motivou a isso- sorrio enquanto um casal vestidos de noiva e noivo passam por nós- ela é incrível.

-ela é mesmo..mas chega disso- fabrício se levantou e estendeu a mão para mim- vamos interagir com pessoas elizabeth.

-hum eu não queria, mas se você insiste- peguei em sua mão e seguimos de volta para a festa.

A banda de Henrique estava no palco, eles se apresentaram como "os inimigos da Beth " todos rimos e a música começou a tocar, antes que eu pudesse começar a dançar ouvi a voz de Camila.

-Amiga! Isso é um chupão- ela estava olhando o pescoço de carol espantada.

-não... não é um chupão não- carol estava vermelha.

-é um chupão sim! ai meu deus- comentou pulando em seus ombros.

-Ai gente é um chupão brasil! e eu to com o cara da banda!- gritou aos montes apontando para Henrique que enquanto tocava sorria para ela. 

-e eu também tô- grita Camila se referindo a fagulha que sorri bobo pra ela.

-e eu to com a gata- a voz de luiza me surpreende quando ela e bruna trocaram olhares de carinho.

-ai que tudo gente- grito- vocês todos são lindos juntos.

Voltamos a curtir a festa e dançar muito, quando a festa estava quase no final anitta nos reuniu em um cenário mais distante do pessoal que já estavam indo embora, assim tirando sua câmera do bolso e organizando uma posição para a foto.

-vamos gente, um pouco mais pro lado- diz anitta.

-Ai amiga, ai ce ta pedindo muito!- Olhei para Carol que estava ao meu lado- vai pro lado menina!

-calma meninas- diz camilla para mim e anitta.

-tá bom- falamos juntas.

Anitta estava prestes a tirar a foto mas o mímico da escola se aproxima e se oferece para tirar a foto, a anitta fica meio apreensiva de entregar sua preciosa câmera a ele mas ela entrega, assim se juntando a nós.

-no três gritamos imperatriz- diz Fabrício.

Assim começamos uma contagem regressiva, "um,dois,tres...imperatriz" o flash da foto foi visto e os sorrisos mai bobos foram mostrados, anitta foi ver o estado, logo sua mãe veio e ela se despediu de nós, em alguns minutos me despedi deles e fui para casa, quando cheguei entrei pé por pé tentando não acordar minha mãe que estava dormindo no sofá, fui até ela cobrindo a mesma e subindo para meu quarto, em questão de minutos já estava pronta para dormir quando ouço batida na janela, obviamente por meu quarto ser no segundo piso não teria como ninguém subir até a minha janela, então cheguei a conclusão que pedrinhas estavam sendo arremessadas em minha janela, antes de abrir a janela pensei que fosse Fabrício, respirei fundo, abri a janela e dei uma olhada para baixo.

-joel?- ele acena para mim- o que você...pera ai.

Ele concorda com a cabeça, desço as escadas rapidamente em silêncio, assim que chego na porta dou de cara com meu irmão entrando em casa, dou um sorriso como uma criança que acabou ou que vai fazer uma besteir.

-boa noite- sussurrou para mim, chegando próximo de meu ouvido- eu gosto mais da ideia de ser o joel.

-Para com isso- sussurro para ele, nos despedimos com um sorriso e eu saio para a rua.

Joel estava vestindo seu pijama, então ele provavelmente havia saído da quermesse do pra casa e vindo até a minha, o que é uma longa caminhada já que nossas casas não são próximas, parei em sua frente cruzando os braços na tentativa falha de esconder meu pijama da minnie.

-eu queria te ver antes de voltar- disse simples.

-a gente acabou de se ver…- mantive meu sorriso.

-eu sei- também cruzou seus braços, acho que na tentativa de esconder o pijama do super Man- eu acho que to com medo do futuro...

Ficamos em silêncio por alguns segundos antes de rir juntos.

-logo você com medo do futuro joel…

-é estranha essa sensação, eu não queria que voltássemos pro futuro sem...eu não sei na verdade…

-você é uma graça- me aproximei do mesmo- olha eu não sei como vai ser a partir daqui mas espero que você esteja comigo no futuro.

-eu espero que você esteja lá também...

Mantive um sorriso gentil nos lábios, assim colocando minhas duas mãos nas laterais do rosto do mesmo, em seguida sentindo o toque gentil em minha cintura, rimos mais uma vez e nos beijamos, dessa vez era um beijo de verdade, algo que ficaria marcado na memória de qualquer menininha de 15 anos, afastamos nossos lábios de leve com os sorrisos mais bobos que eu já vi e senti na vida.

-Acho melhor você ir pra casa..- acariciei suas bochechas.

-é eu não quero ser assaltado.

-em imperatriz? o máximo que pode acontecer é você pegar uma gripe.

-você tá certa- senti um leve aperto em minha cintura- eu vou deixar você dormir.

-eu até te convidaria pra dormir mas eu ainda moro com minha mãe- rimos juntos mais uma vez.

-da próxima então- nos afastamos definitivamente.

-Até amanhã, Joel.

-Até amanhã Liz.

Ele estava indo embora e eu prestes a entrar em casa quando sinto algo pegar minha mão, assim que me viro vejo joel novamente, ele me rouba um selinho e sai correndo me contento em dar uma risada alta e entrar para casa, mantendo o silêncio corro para meu quarto e me deito na cama, torcendo para que o meu futuro não seja ruim dessa vez, em menos de minutos acabo caindo no sono.

Em seguida acordo no susto dando um pulo da cama, assim que meus olhos se ajustam a claridade noto que não estava mais no velho quarto de imperatriz, era um quarto de gente grande, me levanto rapidamente me olhando no reflexo da janela, finalmente 30 anos novamente.

-ai meu deus- olhei para o cômodo e aparentava ser um quarto bem chique, todo em preto com quadros coloridos nas paredes, dei um grito e corri para o corredor da casa- essa é a minha casa?! real e oficial?!

Cori pelo restante da casa, averiguando o estado dela e se eu moro sozinha, me jogo no sofa da sala sabendo que tenho uma casa enorme só pra mim e tendo a satisfação de finalmente respirar fundo e agradecer por ter minha vida, sem viajens repentinas no tempo, peguei meu celular e dei uma olhada nele, averiguei as redes sociais, aparentemente eu sou uma crítica de artes bem reconhecida.

-bom não era bem o que eu queria mas ta bom ainda- dou um sorriso vitorioso.

Larguei o celular dando uma boa olhada em volta.

-vai dar tudo certo agora...

Em meio ao meu alívio uma fome se fez presente, então me levanto e vou até a cozinha rezando para ter algo para comer, que esteja em um estado bom de consumo, nesse caminho sinto uma tontura e me desequilibro de leve, assim tendo que me apoiar na parede em seguida uma tela preta é tudo que consigo ver e em o resto eu não consigo me lembrar.

de volta aos 15 Onde histórias criam vida. Descubra agora