de volta aos 15

30. uniformes

Na manhã seguinte fui uma das primeiras a acordar, me ajeito e volto para o quarto em silêncio pego um lápis e uma borracha saindo novamente, vou para trás da escola garantindo que ninguém tenha me visto, voltei até a parede que fabrício havia me mostrado a um tempo atrás, suspirei fundo e comecei a fazer um pequeno esboço de uma arte que pensei a noite, seríamos nós todos juntos e com a taça da interclasse atrás de nós, meio boba eu sei mas é algo que senti que podia ser um desenho bom para a parede. Em certo momento desenhei o esboço completo no chão com o lápis, assim fazendo a parte inferior pela falta de altura, foquei bem em detalhes que talvez não apareceriam depois que pintasse mas mantive os detalhes do esboço mas quando ouvi um barulho no corredor dei um pulo e me escondi em uma lixeira mas quando dei uma olhadinha vi fabricio olhando para o início do desenho.

-então você não esqueceu disso- ele estava em frente a parede- eu to nesse desenho?

-você não- sai de trás da lixeira e parei ao lado do garoto- ou talvez esteja, deus sabe.

-que garota de mistérios- cruzou os braços- quer ajuda? meio eu sei desenhar também.

-não preciso de ajuda com desenhos de palitinho garoto.

Fabricio coloca a mão no peito fingindo estar muito ofendido.

-é arte abstrata, ta bom.

-Sim, imagino, mas mesmo assim não quero seu desenho abstrato na minha parede.

Voltei a focar na parede, desenhando algumas partes um pouco mais altas do desenho, mas dou uma olhada e vejo que  Fabrício está sentado logo atrás de mim, me viro para o mesmo.

-e você vai ficar aí mesmo?

-Sim, estou apreciando a arte sendo feita.

-Aham ta bom, então pelo menos me entrega as coisas quando eu precisar feito?

-feito.

Ele se aproxima de mim, segurando um lápis extra e uma borracha, assim se passou mais ou menos uma hora ou até mais, a maior parte do desenho na parte inferior e as laterais já estava praticamente pronto, saímos da ali conversando e rindo sobre alguma coisa que eu não me lembro.

-Bom eu vou indo com o meu pessoal e você vai com o seu- cruzei meus braços.

-é eu vou lá com o matheus então, falo elizabeth- colocou as mãos nos bolsos.

-falo fabrício- sai de perto dele indo à cata do meu grupo, por sorte achei joel, corri até ele e juntei nossos braços.

-Animada pro jogo é?

-Animada? eu tô animadíssima, viu as meninas.

-eu vi a anitta indo pro ginásio.

-vamos lá então.

Nós dois corremos até o ginásio e lá estava a treinadora e a dona Beth, mostrando as camisetas do time totalmente destruídas para anitta, carol, fabrício, joel e eu nos aproximamos, eu dei uma olhada nos uniformes.

-Agora não tem outro pra jogar, tá tudo rasgado- disse a Beth.

-olha acho que dá pra fazer outro quero dizer não tão bom mas dá pra fazer outro- ergui uma camiseta totalmente rasgada- é tentar é bom.

Eduardo e seu grupo entraram no ginásio rindo então Carol foi até ele.

-foi você.

-o que.

-foi você que fez isso- estava parada na frente de Eduardo.

-Porque eu faria isso contra minha ex...escola.

-porque você é um babaca.

-eu sou igual a todos eles né a mesma imagem de mim, alguém aqui tem alguma prova que foi eu- Eduardo olhou para todos nós.

-Pobre alma, Eduardo sofre demais ai como eu tenho pena dele- resmungo para mim mesma- coitadinho, ah vai ver se eu to na esquina vai.

-liz não é hora- joel veio até mim- depois você resmunga.

-ta...sem graça.

Voltei minha atenção para Carol e Eduardo logo ao nosso lado.

-a gente não tem prova mas tem convicção- ela segurava o choro.

-olha , mesmo que eu tenha adorado a ideia de terem cortado bem nos peitos, não foi eu- ele se aproxima de carol e antes que eu pudesse ir até ela anitta vai- mas tanto faz também né cê acredita no que se quiser.

O grupo sai e carol desaba a chorar

-Calma prima a gente vai dá um jeito nele.

-joel eu vou precisar de você- olhei pra fabricio- e você também.

-vamos- o rapaz vem até mim e joel.

-olha vou precisar das camisetas do pessoal e spray ou tinta- comecei a sair do ginásio junto dos dois- então eu vou pegar ou uma linha ou grampeador feito?

-feito, eu pego as camisetas do povo- joel correu para a escola.

-pego o spray acho que seca mais rápido- Fabricio correu para o lado de trás da escola.

-pego os grampos- corro para a escola, me direcionando para a secretaria da escola e lá estava joel ajoelhado em frente a um armário- quer ajuda?

-de preferência, não achei o grampeador as camisetas já coloquei lá fora- estava com as portas do armário abertas e acocorado bem na frente- você tá vendo o tnt?

-tá deixa comigo- me meto dentro do armário a taça do tnt, tiro alguns evas da ali mas logo acho o mesmo, mostrando para joel- tada grampeador, joel, joel tnt.

-muito prazer carinha- pegou o grampeador das minhas mãos.

-a anitta vai ser uma boba se não escolher você- me levanto junto de joel.

-Acho que eu nunca nem fui uma escolha liz, mas eu também acho.

-pensa pelo lado bom- toquei seu ombro- se você e ela nao derem certo já sabemos que formamos um bom casal.

-feito, se até os trinta não tivermos casado a gente se casa- tocou minha mão em seu ombro- vai ser divertido ser casado com você.

-óbio que vai, sou eu- tirei a mão de seu ombro e peguei alguns grampos de uma das mesas- vem vamos achar o Fabrício.

-vamo nessa, achar o bad boy- pegou o tnt e saiu da sala junto a mim.

Achamos o fabrício em uma das mesas da rua, então começamos a confeccionar os uniformes os primeiros ficaram mais ou menos bons e os outros foram se ajeitando, até que mais ou menos meia hora e alguns minutos antes dos jogos terminamos todos os uniformes assim, nós três saímos correndo para entregar os mesmos para as garotas.