CAPÍTULO 11

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Faz um tempo que acordei e estou olhando Ana dormir ao meu lado

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Faz um tempo que acordei e estou olhando Ana dormir ao meu lado. Minha filha é linda, nunca vou me cansar de dizer isso.

- Bom dia amor - sussurro quando ela abre os olhinhos, quando me vê seu sorriso lindo se abre na hora e os dentinhos pequenos me fez derreter, as covinhas são encantadoras.

- Bom dia - ela se senta e deita a cabeça em meu peito o que me arranca um sorriso bobo, ficamos um tempo assim. Ela deitada em meu peito e eu fazendo carinho em seus cabelinhos curtos até que decido me levantar e fazer o café.

Emma arrastou Desirée para uma noite de meninas e eu fiquei com Anastasia e foi uma noite muito divertida, eu definitivamente quero passar o resto da minha vida ao lado da minha filha, dar o jantar, assistir seus desenhos irritantes e até interessantes de vez enquanto, colocá-la para dormir e acordar com o seu bom dia, o som da sua risada enquanto faço graça ao preparar o café.

Eu quero isso, quero muito.

É claro que Desirée tem que estar squi também, para que eu possa me deitar ao seu lado, na nossa cama, logo depois de ter deixado nossa filha dormindo em seu quartinho enfeitado, quero acordar com um beijo de bom dia dela e quero nossas escovas de dentes juntas da pia do banheiro, quero seus perfumes juntos do meu e uma casa para chamar de nossa. Quero tanto isso que dói, sei que talvez não mereça isso mas não posso aceitar ficar sem elas ou nem tentar tê-las para chamar de minhas, minha família.

Eu amo elas, porra como amo.

- Titio uva - Ana aponta para as uvas que cortei em pedaços pequenos, assim como uma maçã, banana e pera. Uma vez me engasguei quando era criança e não uero que isso aconteça com ela, só de pensar me arrepioem agonia.

- Toma amor - ela pega o pontinho e sorrio observando enquanto ela come - Está gostoso?

- Uhum, gostoso - lambe os lábios e dou risada mordendo meu pão - Eu quero pãozinho com queijo - pede e não dero a dar, Ana morde o pão com uma vontade enorme e solta um barulhento fofo enquanto come - Bom.

- Bom né, mas não fale de boca cheia.

- É falta de ebucação né? - pergunta fofa e solto uma risada alta.

- Sim, é falta de educação mas você pode se engasgar se falar enquanto mastiga.

- Ah - ela levanta as sobrancelhas e acena com a cabeça.

- Tá bom titio.

Sorrio para ela que volta a comer. Titio, suspiro desanimado toda vez que a escuto me chamar assim, ainda não contamos para ela e só de imaginá-la me chamando de papai meu coração acelera, sei que pode levar um tempo para ela entender e que talvez ela não queira me chamar assim só que eu preciso que ela saiba, preciso que Ana saiba que estou aqui e não vou deixa e não importa se demorei a chegar, o que importa é que estou aqui e à quero, eu quero minha filha com todas as minhas forças.

A campainha toca e vou atender deixando Ana comendo na cadeirinha própria para quando ela for comer, quando abro a porta dou de cara com minha mãe e reviro meus olhos já pronto para fechar a porta mas ela à segura.

- Meu filho, não seja assim... quero falar com você.

- Não tenho nada para falar com você - tendo fechar outra vez mas ela não deixa - Como você descobriu onde moro?

- Eu sempre dou meu jeitinho - dá de ombros - Posso entra.

- Não - ela novamente me impede de fechar a porta e dessa vez me empurra entrando e olhando em volta, ah se ela não fosse minha mãe e fosse homem, arrancava ela daqui de dentro pelos cabelos - Mãe, estou ocupado então por favor cá embora.

- Eu só quero conversar, você é meu filho e não pode me ignorar para sempre.

- Posso tentar - franzo minha testa e balanço minha cabeça, sem paciência ou vontade de ligar com ela.

- Não seja assim, você é meu filho e eu te amo - faz cara de coitado e bufo revirando meus olhos - Só quero seu bem.

- Sei.

- Vamos nos sentar para conversarmos melhor - aponta para o sofá mas só a olho sério.

- Estou ocupado.

- Por favor...

- TITIÔ - Ana grita da cozinha e olho naquela direção.

- Quem é? - pergunta confusa e a ignoro indo até Anastasia.

- Oque houve, meu amor? - pergunto assim que apareço na porta.

- Mais - ela levanta o pote que antes estava cheio de uvas e sorrio.

- Claro querida, como quiser - pego o pote e vou colocar suas uvinhas - Você gosta mesmo de uvas né?

- Sim sim, são delixiosas.

- Quem é essa? - meu sorriso desaparece quando escuto a pergunta, já tinha me esquecido dela.

- Anastasia - a bebê encara minha mãe na porta, sorri com as covinhas aparecendo e acena.

- Oii - minha mãe somente a encara séria.

- Ela não é...?

- Sim ela é - nem deixo ela terminar a pergunta, entrego o pontinho para Ana que sorri toda fofa me agradecendo.

- Mas aquelazinha já está jogando a responsabilidade para cima de você - ainda encara Ana, de um jeito que não me agrada em nada,  fecho meus olhos respirando fundo.

- Mãe - meu tlm de aviso faz com que ela volte a me olhar - Não começa.

- Não Asther, você não pode deixar aquela mulher te forçar a...

- Ela não está me forçando a nada, estou comprondo com meu dever.

- Seu dever? Você não tem obrigação nenhuma de...

- Sim, eu tenho - fico irritado, e respiro fundo olhando para Ana que come alheia a nossa discussão.

- Não tem, meu filho você tem um futuro incrível e não pode desperdiçar tudo por causa dessa...

- Olha bem o que vai dizer.

- Você nem viu essa criança nascer, perdeu anos da vida dela e outra, como pôde ter certeza que ela é sua.

- Ela é minha.

- Pode ser um golpe e você está caindo como um patinho, meu filho... - ela se aproxima de mim e segura minha mão, desvio o olhar com raiva e me segurando para não fazer algo ruim - Eu só quero o seu bem e isso... não é bom para você - ela aponta para Ana e bufo com raiva.

- Isso não, minha filha - me afasto dela, sem paciência para aguentar mais disto - Anastasia é minha filha e nada do que você diga vai mudar isso, eh não perdoei você pelo que fez e não vou aceitar que fale mal dela ou da mãe dela. Eu amo a minha filha, amo mais ainda a mãe dela e você não vai me afastar delas novamente.

- Asther não, essa coisinha não é nada sua - bate o pé no chão, com raiva.

- Coisinha não - escuto a voz de Desirée e só então percebo ela parada na porta, ela caminha até mim e fica de frente para minha mãe - Respeite a minha filha, Anastasia é minha filha e você não vai se desfazer dela assim, vá embora - aponta para a direção da sala.

- Você não...

- Vá embora.

- Meu fi...

- Você a ouviu - viro de costas e caminha até Ana que agora encara a cena com um biquinho choroso - Você assustou minha filha.

Depois de tudo... Ainda te amo.Onde histórias criam vida. Descubra agora