Naruto acorda com uma enxaqueca terrível. Bebeu tanto que mal lembrava como chegou em sua casa. Deveria ter sido Sasuke o responsável por chegar com segurança. Com olhos ainda fechados devido a dor de cabeça, sentiu um peso estranho sobre seu corpo, como se alguém estivesse sob ele. Abriu cuidadosamente os olhos para não acordar... O SASUKE?
Não acreditou no que vira. Sentia o corpo nu do mesmo sob o seu. Pele com pele. Viu pelo chão suas roupas jogadas. Não entenderá como aquilo havia acontecido. O moreno era como irmão para Naruto. Tentou com todas as forças lembrar exatamente o que havia acontecido, mas só havia recortes da noite anterior. Lembrou de como Sasuke cheirava bem e como ele também liberou feromônios seduzindo Sasuke.
—Já amanheceu?—o moreno se mexia carinhosamente sobre o corpo de Naruto. Seus braços o envolviam, assim como ele mesmo envolvia Sasuke.—Espero que não tenha se arrependido.
Isso! Naruto lembrara. Sasuke havia dito que estava no cio, mas ele mesmo seduziu Sasuke que ficasse. Liberou feromônios o suficiente para fazer o ômega ficar de quatro.
—Sasuke, com todo o respeito, saia de cima de mim.—sua voz não estava tão doce como na noite anterior.
Naruto não entendia o que eram todos aqueles sentimentos e lembranças. Sasuke entendeu o que estava acontecendo. Naruto havia se arrependido. O que mais temia, aconteceu.
—Naruto... Me desculpa a culpa foi min...
—Para! Só para!—naruto sentou na beirada da cama. Não conseguia olhar diretamente para o moreno.—Foi um erro. Não vai mais acontecer. Nunca vai acontecer de novo. Vista-se e vá pra casa.
—Por que não olha pra mim?
—Sasuke... Por favor, eu não sei porque te seduzi daquela forma e nem o porquê nossos feromônios combinaram bem. Eu te vejo como irmão.—levantou-se e se negou a sequer olhar pra trás.
—Não foi o que aconteceu ontem. Naruto, somos adultos, vamos conversar. Olha pra mim.
—Sasuke, eu não consigo! Estou enojado com a situação. Sinto nojo de mim mesmo. A um dia atrás eu te considerava um irmão, e há algumas horas eu tirei sua virgindade. Não me peça pra olhar pra você.
—Vai ser assim agora? Vai negar o que aconteceu? Vai negar o que sentiu?—Sasuke estava de pé, se perguntando se deveria ou não se aproximar no loiro.
—Sasuke! Só vai pra casa!
—Não! Naruto eu gosto de você. Sou apaixonado desde mais novo. Não posso deixar que uma noite estrague toda a amizade que construimos.
—Amizade?—Naruto olhou com tanta raiva para Sasuke, que o mesmo se arrependeu da escolha que fizera na noite anterior.—Eu meti em você Sasuke. Eu gozei com alguém que considero irmão! Não fale que ainda somos amigos. A situação mudou.
Como? Sasuke perderia Naruto? Não eram mais amigos?
—Você disse que não se arrependeria que..
—EU TAVA BÊBADO! VOCÊ SABE QUE EU FAÇO O QUE DA NA TELHA QUANDO ESTOU BÊBADO. QUE CONFUNDO O ROSTO DE QUEM ESTÁ PERTO DE MIM...
—Então quer dizer que não via a mim? Que substitui um rosto qualquer pelo meu?
—Sasuke, só vai embora! Não consigo olhar pra você sem sentir nojo de mim.
Sasuke pegou suas roupas, vestiu-se e saiu do quarto. Assim que chegou na porta para abrir, sentiu como se fosse sufocar. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele amava Naruto para deixá-lo para sempre.
—Se você apenas esquecesse que isso aconteceu...—resmungou para si mesmo.
Foi quando pensou em uma solução antiética. Mudar completamente as lembranças de Naruto. Fazer acreditar que apenas chegou em casa bêbado e bateu uma na cama.
—Mas se eu fazer isso, terei que sustentar o justo por toda a vida...—era um risco a se tomar. Só havia dois caminhos, perder Naruto naquele momento, ou perde-lo em um futuro qualquer.
Sasuke voltou seus passos até o quarto de Naruto, onde o mesmo estava sentado na cama.
—Sasuke, eu falei pra você....
—Naruto, se um dia lembrar do que aconteceu, lembre que eu amo você, eu só não quero te perder.
Sasuke ativou seu Sharingan e sem pensar duas vezes disse:
—Tsukuyomi.
* * *
Naruto estava sentado em sua cama quando a lembrança vivida chegou ao fim. Não sabia o que dizer nem o que pensar. Ele percebeu que foi ele mesmo quem iniciou tudo, e não apenas nessa vez, mas em todas as outras vezes também. Mas era sempre ele que acabava com a situação, brigava com Sasuke trazendo o assunto irmandade, e o mandava embora.
Tudo veio à tona. A vez do seu rut, ele que empurrou Sasuke contra a parede e não parou de o beijar até o moreno estar ajoelhado de submisso. O loiro que soltava seus feromônios da intenção de seduzir o moreno. Era sempre ele que iniciava. E era sempre ele que descontava em Sasuke no dia seguinte.
—Mas que merda! Sasuke não fez nada de errado. Eu fiz! Ele só tentou se proteger e me proteger de mim mesmo.
Naruto estava ajoelhado no chão de seu quarto quando ouviu a batida na porta de entrada. A voz era familiar e talvez serviria de grande ajuda.
—Naruto, abre a porta, sei que está aí.
—Shikamaru... Por que tá aqui?—disse abrindo a porta e fazendo um gesto para o moreno entrar.
—Passei no hospital. Sasuke disse que quebrou o Genjutsu. Como cê tá?
—Uma merda.—disse se jogando no sofá.—A culpa é minha e não dele.
—E qual é a novidade?—indagou sentando ao seu lado.
—Baka!
—Vai fazer o que agora?
—Eu não sei. Percebi agora pouco que quem começou tudo foi eu mesmo. Fui atraído completamente pelo cheiro suave de Sasuke, e agora ele tá esperando um filho meu.
—Creio que o mais sensato seria assumir os dois de uma vez.
—Como vou olhar pra ele depois de saber que quem queria trepar era eu?
—Com os olhos.—Naruto bufou com a resposta.—O que falo de errado? Naruto, a situação é você aceitar o que sente e o que fez. Olhar de frente o problema e aceita-lo. Como você mesmo disse que o culpado é você, terá que assumir toda a responsabilidade.
—E isso inclui aceitar Sasuke por completo. Firmar um vínculo e assumir todo o resto.
—Exatamente. Será cansativo, não vou negar.
—Aaah!—deitou a cabeça no sofá no intuito de relaxar, mas só o deixou mais aflito.—Por que Sasuke tem que ser tão cheiroso?
Continua...
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Meu Alfa - ABO - NaruSasu CONCLUÍDA
Fiksi PenggemarEra até estranho o tanto que Naruto e Sasuke eram íntimos. Ninguém lembra como aconteceu, apenas que se tornaram amigos na infância e a amizade apenas ficou mais forte a cada ano que passava. Havia boatos, dizendo que ambos não eram apenas amigos c...