12 - Sintomas

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Agora, o único som era o bater do meu coração, ecoando de um lado para o outro entre mim e a Professora Renu. Ela provavelmente não conseguia ouvir nada, mas eu conseguia. Tanto meu próprio coração quanto o coração da pessoa encantadora na minha frente, que eu geralmente ouço regularmente, estavam correndo um contra o outro, e parecia que não havia um vencedor claro.

Ambos estavam batendo rápido... Tudo caiu em silêncio. A Professora Renu se endireitou e se inclinou em minha direção, deixando-me soltar meus braços relutantemente.

— Jom

A pessoa bonita me chamou brevemente, estendendo a mão. Bem quando pensei que ela iria me puxar para um abraço, ela deu um tapa na minha testa com um estalo alto.

Pop!

— Ai!

— Bem-feito.

Esfreguei minha testa, me sentindo um pouco irritada, e olhei feio para a linda professora.

— O que foi isso?

— Eu dei um tapinha na sua testa. Você está sonhando acordada demais... Vá para casa agora, preciso dormir.

— Você está me expulsando assim?

— Sim.

Um sorriso irritante brilhou brevemente em seu rosto antes de desaparecer rapidamente. Sim... Eu não estava enganada. A professora Renu, que sempre foi madura, apenas mostrou um toque de criança travessa, e isso me fez sorrir.

— Estamos chegando um pouco mais perto, não é, profer?

— Do que você está falando... Vá para casa logo, ou você vai pegar meu resfriado.

— Você quer se livrar do seu resfriado, professora?

— Remédio não ajuda.

— Eu tenho algo melhor do que remédio. Ouvi os pensamentos de alguém sobre curar um resfriado. — Pensei na dona da loja de macarrão que visitei antes para comprar macarrão para a professora. Essa ideia surgiu na minha cabeça, me fazendo rir um pouco. Eu não esperava usá-la na pessoa fofa agora.

— E o que essa pessoa pensou?

— Elas disseram que se você estiver resfriada e beijar alguém, você vai melhorar.

— Você acredita nisso?

— Se você nunca tentar, nunca saberá. Se até eu consigo ler os pensamentos das pessoas, então sobre passar um resfriado, pode haver uma chance disso. Eu me inclinei para mais perto. — Quer tentar?... Ugh

A pessoa charmosa rapidamente afastou meu rosto, sabendo que eu estava brincando, e então caiu na gargalhada.

— Vá para casa logo.  Eu realmente preciso descansar.

— Tudo bem — Eu disse relutantemente. Mas antes que eu pudesse sair, a linda professora chamou novamente.

— Por que você ainda está usando esse perfume?

— Huh? — Eu me cheirei e olhei para a professora. — Como você consegue sentir o cheiro de perfume quando está resfriada?

— É fraco, mas posso dizer que é o mesmo cheiro. Você sabe que eu não gosto desse perfume, então por que você continua usando? Você está tentando me irritar?

— Não, eu só acho injusto que um bom perfume seja odiado só porque a pessoa que o usa não é digna.

— Você sabia que os aromas podem ligar nossos sentidos a certos eventos ou pessoas?

Ritmo Vol.1 - Você é o Ritmo do meu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora